quinta-feira, 29 de abril de 2010

russia

A Rússia (em russo Росси́я, transl. Rossíya), oficialmente Federação Russa[4][5] (em russo:Российская Федерация (ajuda·info); pron. rɐˈsʲijskəjə fʲɪdʲɪˈraʦəjə) ou Federação da Rússia,[6] é um país localizado no norte da Eurásia (Europa e Ásia em conjunto).[7]

Faz fronteira com os seguintes países (de noroeste para sudeste): Noruega, Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia (ambas através de Kaliningrado), Bielorrússia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Faz também tem fronteiras marítimas com o Japão (pelo Mar de Okhotsk) e com os Estados Unidos (pelo Estreito de Bering). Com 17.075.400 quilómetros quadrados, a Rússia é o país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. A Rússia também é o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes.[8]

A história do país começou com os Eslavos do Leste, que surgiram como um grupo reconhecido na Europa entre os séculos III e VIII.[7] Fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros Vikings e pelos seus descendentes, o primeiro Estado Eslavo do Leste, o Principado de Kiev, surgiu no século IX e adotou o Cristianismo Ortodoxo do Império Bizantino em 988,[9] dando início a síntese das culturas Bizantina e Eslava que definiram a cultura Russa.[9] O Principado de Kiev finalmente se desintegrou e suas terras foram divididas em muitos pequenos Estados feudais. O estado sucessor do Principado de Kiev foi Moscóvia, que serviu como a principal força no processo de reunificação da Rússia e na luta de independência contra a Horda de Ouro. Moscóvia gradualmente reunificou os principados russos e passou a dominar o legado cultural e político do Principado de Kiev. Por volta do século XVIII, o país teve grande expansão através da conquista, anexação e exploração de territórios, tornando-se o Império Russo, que foi o terceiro maior império da história e se estendia da Polônia, na Europa, até o Alasca, na América do Norte.

Estabeleceu poder e influência em todo o mundo desde os tempos do Império Russo até ser o maior e principal estado constituinte da União Soviética, o primeiro e maior Estado socialista constitucional e reconhecido como uma superpotência,[10] que desempenhou um papel decisivo[11][12][13] na vitória aliada na Segunda Guerra Mundial. A Federação Russa foi criada na sequência da dissolução da União Soviética em 1991, mas é reconhecida como um Estado sucessor da URSS.[14] A Rússia é a oitava ou nona maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra, com o quinto maior orçamento militar nominal e o terceiro maior em PPC. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta .[15] A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do G8, G20, APEC, OCX, EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes. O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências,[7] bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro vôo espacial humano.

Hipótese Kurgan.

Antes do século I, as terras vastas do Sul da Rússia pertenciam a tribos que não eram unidas entre si, como os Proto-Indo-Europeus e os Citas.[16] Entre os séculos III e VI, as estepes foram esmagadas por ondas sucessivas de invasões de bárbaros e povos nómadas, conduzidas por tribos bélicas como os hunos, entre outros. Por volta do século VIII os cazares governaram o Sul da Rússia. Foram aliados importantes do Império Bizantino e originaram uma série de guerras sangrentas contra os califados árabes. Entre os séculos X e XI, o principado de Kiev (a partir do qual se formaram grande parte dos países eslavos actuais) era o maior da Europa e um dos mais prósperos, devido ao comércio diversificado tanto com a Europa como com a Ásia.[17] Durante o século XI e XII, a incursão constante de tribos turcas nómadas, como os cumanos e os pechenegues, levou à migração maciça das populações eslavas do Sul às regiões pesadamente arborizadas do norte, conhecidas como Zalesye.[17]Nessa era, o termo Rhos ou Rus passaram a ser aplicados aos eslavos que dominavam a região.

Localização do Grão-Ducado de Moscovo.

É sob o comando de Moscovo que Moscóvia (também conhecida como Principado de Moscovo ou Grão-Ducado de Moscovo) reanima-se e organiza a sua própria guerra da reconquista, voltando a anexar os seus territórios. Depois da queda de Constantinopla em 1453, Moscóvia permaneceu como o único estado cristão mais ou menos funcional na fronteira oriental da Europa, permitindo reclamar a sucessão do Império Romano Oriental.[18] No começo do século XVI, o principado decide que o objectivo nacional seria recuperar todos os territórios russos perdidos durante a invasão dos Tártaros e proteger a região fronteiriça do Sul contra contra-ataques dos Tártaros da Crimeia e dos Turcos. Os nobres foram obrigados a servir nas forças militares para esta reconquista.
Cena da história russa medieval.

No século XVI, Ivan, o Terrível, foi oficialmente coroado o primeiro czar da Rússia, em 1547. Durante o seu reinado, Ivan IV reconquista os territórios aos tártaros e cria uma Rússia multi-cultural e multi-religiosa. No fim do século, Ivan consegue criar as primeiras sementes na Sibéria. Ivan também será lembrado pelas atrocidades cometidas durante sua época.

As barreiras criadas pelos muçulmanos na zona da Turquia e do médio-oriente fizeram que as especiarias oriundas da Índia destinadas para a Europa passassem pela zona norte-este da Europa: Moscóvia. O principiado soube aproveitar esta tendência e criou grandes rotas comerciais entre a Índia, a Moscóvia e, por fim, a Europa.

Porém, as novas vias comerciais marítimas com o Oriente abertas pelos portugueses durante os Descobrimentos, contribuíram para o declínio da riqueza que então viera a ser gerada através dessas rotas comerciais.

A Rússia Imperial


É com a Dinastia Romanov (iniciada em 1613) que se inicia o grande processo de "imperialização" da Rússia. Pedro, o Grande ou Pedro I da Rússia, derrotou a Suécia e na Grande Guerra do Norte forçando o inimigo a ceder partes do seu território. E é na Íngria que se forma uma nova capital: São Petersburgo (nome em homenagem a Pedro).

Com as ideias do Oeste Europeu, Pedro I faz evoluir a Rússia que antes se encontrara numa situação de pobreza extrema e prepara o caminho para o auge do país.

O território do império aumenta e, em 1648, o líder cossaco Semyon Dezhnyov descobre o estreito que separa a América da Ásia: o actual Estreito de Bering.[19] Nasce assim o maior império da história da Rússia.

A czarina Catarina, a Grande continuou o trabalho de Pedro, derrotando a Polónia e anexando a Bielorrússia e a Ucrânia - outrora o principado de Kiev. Catarina assina um acordo com o reino da Geórgia de modo a evitar invasões do império turco - a Geórgia passa a ser protegida militarmente pela Rússia.

Em 1812, a grande armada de Napoleão entra em Moscovo, mas vê-se forçada a abandoná-la pois ao chegar a esta cidade, esta estava vazia. Os russos tinham preparado uma armadilha contra o imperador francês. O frio e a falta de recursos foram responsáveis pela morte de 95% das tropas francesas.[20] Durante o regresso de Napoleão a Paris, os russos perseguiram-no e dominaram Paris trazendo para o império as ideias liberais que estavam em marcha na França e na Europa Ocidental. Ainda devido à perseguição sobre Napoleão, a Rússia conquista a Finlândia e a Polónia. O golpe final sobre Napoleão foi dado em 1813 quando o império e os seus aliados - os austro-húngaros e os prussianos - venceram a armada de Napoleão na batalha de Leipzig.[19]

Mapa do Império Russo em 1866 e de sua áreas de influência.

Sucessivas guerras e conflitos vão acompanhando a Rússia até ao fim da era czarista. Sai derrotada na Guerra da Crimeia que durou entre 1853 e 1856. Mais tarde, vence a Guerra Russo-Turca (1877-1878) e obriga o Império Otomano a reconhecer a independência da Roménia, da antiga Sérvia e a autonomia da Bulgária.[19]

A ascensão de Nicolau I (1825-1855) trava o desenvolvimento da Rússia nos fins do século XIX. A lei da servidão obrigava os camponeses a lavrar as terras sem poder as possuir. O sucessor, Alexandre II (1855-1881), ao ver o atraso da Rússia em relação à Europa, cria reformas que vão fazer com que a Rússia consiga um maior desenvolvimento. Porém, as sucessivas derrotas da Rússia ao longo do século XIX e durante a o início do século XX levaram à instabilidade e ao descrédito em relação ao poder do czar na época. Os custos da guerra começavam a avultados e a população era quem suportava os custos dos soldados nas campanhas ao enviarem tudo o que produziam nos seus terrenos agrícolas.

[editar] A revolução de 1917 e o fim da era czarista

O Domingo Sangrento, episódio que ocorreu durante a Revolução de 1905 e que iniciou a queda do regime imperial na Rússia.

Apesar da Rússia, na época, ser um dos países mais poderosos do mundo em termos militares, apenas uma fina parte da população (os nobres) tinham boas condições de vida. Os camponeses eram terrivelmente pobres e trabalhavam de sol-a-sol os seus terrenos sem poder possuí-los. As sucessivas derrotas em várias guerras e batalhas durante a Primeira Guerra Mundial e o descontentamento geral da população fizeram com que a economia interna começasse a deteriorar-se.[19] A instabilidade e a pobreza tiveram como consequência a Revolução Bolchevique. Esta revolução ocorreu em duas datas significativas, 1905 e 1917.

A Revolta de 1905 é considerada como o marco inicial das mudanças sociais que culminaram com a Revolução de 1917. O desempenho desastroso das forças armadas russas na Guerra Russo-japonesa (1904 - 1905) intensificou essas contradições e precipitou os acontecimentos, sendo essa derrota considerada como causa imediata da Revolução de 1905, cujo estopim foi o episódio conhecido como "Domingo Sangrento".

A impopularidade crescente de Nicolau II fez com que este fosse obrigado a convocar a Duma, na época, uma espécie rudimentar de legislativo. Estas medidas surtiram escasso efeito, visto que os partidos eram sistematicamente vigiados e a Duma era controlada pela aristocracia e pelo czar, que podia dissolvê-la a qualquer momento. Até 1905, o sistema político da Rússia czarista não possuia partidos políticos, com todo o poder concentrado nas mãos do imperador. Destaca-se que estas mudanças, embora significativas sob o ponto de vista político, não alteravam o quadro social da maior parte da população russa. Nesta ocasião, emergem com força os Sovietes e o Partido Operário Social-Democrata Russo (fundado em 1898), dividido entre Mencheviques (análogo a minoria em Russo - меньшеви́к) e Bolcheviques (análogo a maioria em Russo - большеви́к)

Este quadro político-social foi profundamente alterado pela deflagração da Primeira Guerra Mundial.

A Revolução de Fevereiro de 1917 caracterizou a primeira fase da Revolução Russa de 1917. A consequência imediata foi a abdicação do Czar Nicolau II. Ela ocorreu como resultado da insatisfação popular com a autocracia czarista e com a participação negativa do país na Primeira Guerra Mundial. Ela levou a transferência de poder do Czar para um regime republicano, surgido da aliança entre liberais e socialistas que pretendiam conduzir reformas políticas.

As mudanças propostas pelos mencheviques (líderes da Revolução de Fevereiro) não modificaram o quadro social, pois o país continuava a sofrer forte perdas em função da participação na Guerra. A insatisfação social, aliada a atuação dos bolcheviques fez eclodir a Revolução de Outubro (Outubro no Calendário Juliano e Novembro no Calendário Gregoriano). O marco desta revolução foi a invasão do Palácio de Inverno (hoje o Museu do Hermitage) pelos revolucionários. A Revolução de Outubro foi liderada por Vladimir Lenin e se tornou a primeira revolução comunista marxista do século XX.

A retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial, o desejo da volta do poder da então elite russa e o medo de que o ideário comunista propaga-se para a Europa e eventualmente para o mundo, fez eclodir a Guerra Civil Russa, que contou com a participação de diversas nações. O então primeiro-ministro francês, George Clemenceau, criou a expressão Cordão Sanitário, com o intuito de isolar a Rússia bolchevique do restante do mundo. O idealismo dos bolchevique propagado para a população mais pobre foi o fator decisivo para a vitória dos partidários de Lenin.

Com a vitória bolchevique na Guerra Civil Russa, foi fundada, em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

[editar] A União Soviética

Vladimir Lenin, líder dos Bolcheviques e fundador da URSS.

Em 1917, na sequência da Revolução Russa, é introduzido pela primeira vez em todo o mundo um regime de aspecto marxista (socialista revolucionário), tendente ao estabelecimento de um dito Estado socialista. Durante mais de 80 anos, a Rússia esteve submetida a esse regime, que erradicou o capitalismo e repartiu o antigo Império Russo em Repúblicas Socialistas Soviéticas, as quais formaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a partir de 1922. A Rússia tornou-se então numa destas repúblicas (como República Socialista Federada Soviética da Rússia, ou RSFSR), detendo uma posição hegemônica em função da sua história, língua (oficial em toda a União Soviética, a par das línguas regionais) e capital (a capital da Rússia era também a da União Soviética).

Vladimir Ilitch Lenin torna-se o primeiro líder comunista da URSS. Introduziu regras que eram contraditórias à sua filosofia. Enquanto que apoiava o "Tudo pertence ao Estado", criou políticas que apoiavam a iniciativa privada de modo a reconstruir o país que fora devastado pelas sucessivas revoluções.

[editar] Era stalinista

Escudo de Armas da RSFS da Rússia.

Após a morte de Lenin, em 1924, surge um georgiano chamado Josef Stalin, que passa do comunismo moderado ao comunismo extremo criando um poder ditatorial. Aliás, todos aqueles que apoiavam Lenin como, por exemplo, Leon Trótski e todos os outros bolcheviques que viviam antes da Revolução de 1917 foram mortos. No fim dos anos 1930, Stalin lança o Grande Expurgo liquidando grande parte dos membros do Partido Comunista sem qualquer explicação. Todos aqueles que eram considerados ameaças eram mortos ou enviados para campos de concentração chamados gulag na Sibéria.

Dois anos mais tarde, Stalin obriga o país a passar por uma industrialização rápida. Em 1928, põe em marcha o seu plano dos cinco anos que consistia na modernização da economia soviética através, sobretudo, da introdução da indústria pesada. Rapidamente, a indústria soviética atinge grandes proporções de riqueza em pouco tempo, tornando-se uma grande potência mundial. Paradoxalmente e com a lei das colectivizações em marcha, o povo vivia na pobreza extrema.

Além do mais, as consequências políticas de Stalin provocaram grandes ondas de fome que assolaram as repúblicas, principalmente na Ucrânia onde esta foi designada como o Holodomor.

Imagem de Stalingrado após a batalha.

Na Segunda Guerra Mundial, Stalin vence as tropas alemãs com terríveis baixas: pelo menos nove milhões de soldados perderam a vida. Daí a Segunda Guerra Mundial ser conhecida em russo também como A Grande Guerra Patriótica. No total, a URSS perdeu cerca entre 25 e 27 milhões de pessoas, sendo aproximadamente 10 milhões de soldados e o restante civis, a maior parte mortos durante a invasão e ocupação alemã. Algumas das maiores batalhas terrestres da II Guerra Mundial foram travadas dentro do território soviético, contra os exércitos nazistas, destacando-se o simbolismo adquirido pela cidade de Estalingrado reconhecida pelo heroísmo da luta contra as tropas invasoras, no que ficou conhecido como a grande "Batalha de Stalingrado". Grande parte do prestígio adquirido por Stálin (enquanto ainda vivo) deveu-se à guerra contra a Alemanha nazista na II Guerra Mundial.

A partir de 1945, a URSS mantem tropas ocupando a Polónia (massacrada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial) e a parte oriental da Alemanha, criando a República Democrática da Alemanha (RDA).

A URSS passa a ter supremacia em quase toda a Europa de Leste. Nestes países, foram mantidos governos pró-URSS durante toda a Guerra Fria, quando são criadas várias barreiras entre os países pró-URSS e pró-EUA, algumas ideológicas como a Cortina de Ferro e outras físicas, como o Muro de Berlim em torno de Berlim Ocidental, na RDA.

Stalin morre em 1953 e pensa-se que não deixou nenhum nome para lhe suceder no poder. A sua sucessão fora controversa. Os políticos mais próximos decidiram governar juntos a URSS, mas o chefe da polícia secreta (NKVD) Lavrenty Beria decidiu tomar o poder sem consentimento dos outros políticos. O general Nikita Khrushchev juntamente com alguns políticos juntaram-se e detiveram Beria. Este viria a ser executado no mesmo ano. Khrushchev é então considerado o sucessor oficial de Stalin.

[editar] Era pós-Stalin

Nikita Sergueivich Khrushchev lança a URSS na aventura espacial. Iuri Gagárin foi a personagem principal do programa espacial soviético criado por Khrushchev ao ser o primeiro ser humano lançado para o espaço e por realizar uma órbita completa à volta da Terra em 1961.

É também criada a KGB, a polícia secreta que vigiava a população em todo o domínio da URSS bem como fora dela. Khrushchev vai a ser a primeira pessoa a tentar um relacionamento com os EUA e com a China. Mas em vez de um diálogo entre as duas super-potências, uma guerra psicológica começara: a Guerra Fria. A nível interno, Khrushchev começa a efectuar reformas para as agriculturas mas muito delas nem sequer eram executadas. Foi demitido em 1964 por tentar um relacionamento com os EUA e ser considerado perigoso para a URSS.

Sucede-lhe Leonid Brejnev (1906-1982, em russo Леонид Ильич Брежнев), cujo governo foi muito controverso. Alguns historiadores pensam que ele foi responsável por uma estagnação da economia; outros pensam que Brejnev, embora tivesse carácter ditactorial, fora uma lufada de ar fresco para as populações que viviam na miséria.

Em seu governo, aproveitou-se das grandes reservas de petróleo e da crise que atingiu o setor, criou um conforto material para todo o povo soviético, ao mesmo tempo modelando a Rússia em uma potência militar, econômica e esportiva, atingindo o ápice socialista durante a Guerra Fria, enquanto criara uma distensão jamais vista, o que durante a Guerra Fria era um sinal da paz mundial. Exemplos dessa política foram as alianças com a Alemanha Oriental, Iugoslávia e ao mesmo tempo com a China, e distensões com países capitalistas, como a França, Japão e os Estados Unidos, além da criação da estação espacial Mir, o que levou ao acoplamento e união científica das naves Apollo e Soyuz, que até hoje fazem missões unidas.

Por outro lado, forçava os países comunistas do leste a se subordinarem a Moscou, pois caso se separassem, o comunismo nunca seria alcançado. Anos depois, Gorbachov iria permitir que cada país seguisse seu caminho, e tal atitude se resumiria ao fim do estado socialista em toda a Europa. Brejnev também expulsou dissidentes, entre eles Alexander Soljenítsin, seu desafeto de longa data, apoiado por Khrushchov, e permitiu a emigração de judeus para Israel.

Sua época é lembrada com saudade pelos russos, como período de conforto material e de grandes glórias e vitórias que se assemelhou em parte ao regime Stalinista.

Por sua vez, teve de intervir em Praga, Tchecoslováquia, e invadir o Afeganistão, além da Guerra do Vietnã do Norte ao qual ele apoiava.

Criou a Doutrina Brejnev e morreu em 1982, quando se iniciaram os breves governos de Yuri Andropov e Konstantin Chernenko, ambos seguidores das políticas de Brejnev: busca da hegemonia soviética e repressão a movimentos anti-comunistas.

A morte de Konstantin Chernenko representa o início dos suspiros finais da União Soviética, Mikhail Sergueievitch Gorbatchev começa a abertura da Rússia para o mundo através de dois programas: glasnost ("abertura") e perestroika ("reestruturação"), de modo a modernizar a economia russa com a abertura das fronteiras para os investidores estrangeiros. A glasnost tinha o significado de liberdade de expressão, que fora ignorada durante todo o império soviético; já a perestroika consisitia na reestruturação económica da URSS pois esta gastava muito dinheiro em armamento e defesa.

[editar] Era Pós-Soviética

Boris Iéltsin, o primeiro presidente russo na era pós-comunista.

Boris Nikolayevich Iéltsin foi eleito directamente primeiro Presidente da Rússia na era pós-comunista. Em Outubro de 1991, Iéltsin afirmou que a Rússia teria que passar por uma terapia de choque económica.

Esta transição foi caracterizado por uma profunda recessão econômica, onde o PIB sofreu contração de quase 50%.[21] De acordo com o Banco Mundial, enquanto que 1,5% da população vivia abaixo da linha da pobreza durante a época soviética, esta parcela passou para algo entre 39% e 49% (dados de 1993).[22]

A Rússia entrou numa crise profunda, contraindo avultadas dívidas ao mundo e que ainda estão a ser liquidadas actualmente. Iéltsin privatiza quase tudo de forma a obter lucro: até a grande empresa de petróleo LUKoil foi vendida. Só que o obtido não correspondia ao valor real das empresas obtendo apenas 600 milhões de dólares americanos.

Estas medidas, bem como as suas consquências, levaram aos comunistas que estavam em maioria no Congresso dos Sovietes a tentarem impedir a continuidade do presidente no dia 21 de Setembro de 1993 - 600 tinham votado a favor e 72 votaram contra. Nesse mesmo dia, as Forças Armadas tinham sido mobilizadas e originou-se a Crise constitucional de 1993. Com o apoio militar, consegue manter o controlo e conseguiu colocar em referendo a actual constituição da Federação da Rússia que viria a ser aprovada e adoptada a 12 de Dezembro de 1993.

Moscow International Business Center em construção. Moscou é a cidade mais cara do mundo para expatriados.[23]

Em 1996, Iéltsin foi reeleito, se pensa que tenha sido contratada uma empresa de publicidade política dos EUA para conseguir a vitória. Em 1998 é eleito sob influência directa de Iéltsin Vladimir Putin, que actualmente é muito criticado, quer dentro da Rússia, quer fora dela, por falta de democracia e de liberdade de expressão. Os assassinatos de Anna Politkovskaia e de Alexander Litvinenko (a primeira com um tiro, o segundo através de Polónio-210) chocaram o mundo e levaram muitos analistas a pensarem na maneira como Putin tem considerado a liberdade de expressão. Contudo, Putin continua a ter uma grande popularidade na Rússia já que tem um apoio de 70% da população segundo uma sondagem recentemente feita.

A Rússia pós-comunista está numa fase complicada de adaptação à democracia, embora os jovens estejam a adaptar-se melhor que as gerações mais antigas. Uma das alegações dos defensores desta transição é o maior acesso a bens de consumo que os mais jovens têm do que os seus antepassados teriam durante a era soviética. O país evoluiu de forma muito acelerada graças às políticas introduzidas que permitiram o fecho do fluxo importador e a venda do petróleo a baixo custo, deixando o país extremamente dependente da venda de recursos fósseis (o petróleo e o gás natural representam 80% das exportações), ao passo que na época na URSS era um país nitidatemente exportador de bens industriais.

Se por um lado, a população tem acesso a bens mais sofisticados, por outro a transição para o capitalismo tem vindo a baixar os indicadores sociais do país. O exemplo mais marcante desta baixa de indicadores é a expectativa de vida entre a população masculina, que vem sofrendo um forte declínio no país. Esse efeito é particularmente sentido nas áreas rurais, onde as populações locais, ou morrem aos poucos ou mudam-se para as cidades. De 1994 a 2004, a população da Rússia caiu de 149 milhões para 144 milhões de pessoas. Os russos também estão morrendo cada vez mais cedo, devido a problemas como alcoolismo e má alimentação, além de doenças como tuberculose e deficiências do sistema de saúde do país. Em 2004, a expectativa de vida média do homem russo era de 59 anos de idade..[24]

[editar] Geografia

Mapa topográfico da Rússia.

A Rússia faz fronteira com catorze países (seguindo o sentido contrário dos ponteiros do relógio a partir do ponto mais a norte): a Noruega (167 km), a Finlândia (1313 km), a Estónia, a Letónia (294 km), a Bielorrússia (959 km), a Lituânia (227 km através do exclave de Kaliningrado), a Polónia (206 km através do exclave de Kaliningrado), a Ucrânia (1576 km), a Geórgia (723 km), o Azerbaijão (284 km), o Cazaquistão (6846 km), a China (3645 km), a Mongólia (3441 km) e a Coreia do Norte (19 km) totalizando 19533 (em 37.653[1]) quilómetros de fronteiras terrestes.

Monte Elbrus, o ponto mais alto da Europa.

O país também está próximo dos Estados Unidos da América (estado do Alasca), Suécia e Japão, dos quais se separam por trechos de mar relativamente curtos (o estreito de Bering, o mar Báltico e o estreito de La Pérouse, respectivamente).

Faz parte ainda do território russo, além da porção metropolitana continental, o exclave de Kaliningrado, na zona do mar Báltico, e uma série de ilhas e arquipélagos árcticos, entre os quais os mais importantes são a Terra de Francisco José, as ilhas da Nova Zembla, a ilha de Kolguev, o arquipélago da Terra do Norte, as ilhas da Nova Sibéria e a ilha de Wrangel. Inclui também várias ilhas e arquipélagos no Extremo Oriente, em particular a ilha Sacalina, as ilhas Curilas e as Ilhas Comandante.

[editar] Topografia

O relevo é variado: dominam planícies e vales em 3/4 do território. As planícies do Leste-Europeu e da Oeste-Siberiana, divididas pelos montes Urais, são as maiores do planeta. O ponto mais elevado é o monte Elbrus, com uma altitude de 5633 metros, que é também o ponto mais alto da Europa.[1]

[editar] Hidrografia

Apesar da grande área que a Rússia possui, apenas 18% do território é coberto de água. Contam-se 120 000 rios, dos quais se destacam o Volga, o Don, o Ienissei, o Lena, o Ob, o Dniepre e o Neva.

Os lagos apresentam-se de formas irregulares e estão, normalmente, no meio de um curso de um rio. O território russo compreende o lago Ladoga, que é o maior da Europa, o lago Baikal, o lago Onega, entre outros.

A Rússia possui a maior bacia hidrográfica da Ásia, denominada de Bacia do Obi com 2 975 000 m².[25]

Cerca de 37 000 km de costa delimitam a Rússia dos oceanos Árctico e Pacífico e também do mar Negro e do Cáspio, sem esquecer a zona dos Bálcãs. Os oceanos representam uma importante fonte de riqueza para o país: o petróleo e o peixe são produtos obtidos naquelas zonas.

[editar] Clima

Mapa climático da Rússia de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

A Rússia domina quase metade da Europa e um terço da Ásia. Este factor faz com a Rússia possua vários climas diferentes. A temperatura média anual é de 5,5 graus centígrados.

A região mais a norte do país, chamada Sibéria, é a mais fria de todo o país. Registam-se temperaturas no inverno da ordem dos 40 aos 50 graus celsius negativos, às vezes chegando aos 60 graus negativos ou até menos. A Sul, o clima é mais quente, havendo campos e estepes onde as temperaturas chegam aos 8 graus negativos.

O Verão na Rússia também é variável de região a região registando-se temperaturas médias de 25 °C. Em certos casos extremos, já houve dias em que se registassem temperaturas superiores a 45 °C.

O frio proveniente da Sibéria alastra-se não só por toda a Rússia como por quase toda a totalidade da Europa e grande parte da Ásia.

A Rússia é atravessada por quatro climas, ártico, subártico, temperado e subtropical. A ordem das estações pode ser classificada assim: Inverno longo e nevoso - Primavera temperada - Verão curto e quente - Outono chuvoso e varia muito ao longo do território russo[1]

Na zona central da Rússia encontram-se as florestas mais claras, mistas, dominadas por bétulas, álamos, carvalhos. As florestas das zonas centrais estão divididas por estepes. A maior parte de estepes é lavrada e semeada por trigo, centeio, milho, girassol, etc.

bullying nas escolas

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Agridem os colegas da escola, humilham-nos em público e exercem chantagem psicológica e emocional.

Será que se trata de brincadeiras de crianças e próprias da idade?

Para a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos, estes comportamentos apontam para algo que está errado.

"O humano é um ser gregário, por isso, há que avaliar as situações em que a relação com o outro se encontra marcada por um carácter agressivo."
Introduzido nos países escandinavos, no início da década de 80, o termo inglês "bullying" tem sido alvo de estudo nos últimos anos.

O conceito define "comportamentos de natureza agressiva, entre pares, com a intenção de provocar dano", diz Sónia Seixas, doutorada em Psicologia e autora de uma tese sobre bullying em contexto escolar.
A psicóloga indica, porém, que, embora este fenómeno tenha ganho eco nos últimos anos, o comportamento em si não é novo. "Há, agora, um olhar mais atento e direccionado para estas práticas", explica.

Ana Vasconcelos defende, ainda, que "sempre houve brigas entre miúdos". Mas, no caso do bullying, a violência não é pontual. "Estes comportamentos repetem-se no tempo", adianta a pedopsiquiatra.
E o que está na base desta violência gratuita?

"Há alturas em que a criança, para se sentir segura, precisa de mostrar aos outros que é mais forte", afiança Ana Vasconcelos.

E completa: "O bullying pode ser encarado como uma forma de exorcizar os medos."

Para garantir a conquista pelo poder, "os agressores vão detectando as suas vítimas nos recreios da escola".

O bullying baseia-se, por isso, numa luta desigual: há uma vítima e um agressor (também conhecido por bully). Segundo a pedopsiquiatra, as vítimas são, normalmente, "miúdos emocionalmente retraídos e com menos capacidades para encontrarem soluções ou fazerem queixa".
A psicóloga Sónia Seixas diz que nestes comportamentos "está implícita uma desigualdade de estatuto e de poder entre os alunos envolvidos". E, no contexto escolar, todos os motivos são válidos para colocar a vítima numa situação de inferioridade.

"O agressor exerce a sua supremacia através da força física, pelo facto de ser mais velho, de ter mais popularidade na escola e de ter um grupo de pares mais alargado. Contrariamente à vítima, que, regra geral, é um aluno mais negligenciado, mais rejeitado e com menos amigos que o defendam."

Aproveitando as fraquezas da vítima, o bully vai "minando a auto-estima e auto-confiança dos seus alvos". Cada vez mais impotentes, face às recorrentes agressões e humilhações, as vítimas vão-se "sentindo impotentes e sem capacidade de reacção", diz Ana Vasconcelos. "É no silêncio dos recreios barulhentos que têm lugar os comportamentos de bullying", reitera a pedopsiquiatra. E assegura que estas situações, por serem confundidas como diversão infantil, podem-se tornar quase invisíveis aos olhos dos adultos.
"O bullying às vezes está mascarado, porque, tendencialmente, ocorre em locais de pouca supervisão e vigilância dos adultos", corrobora Sónia Seixas. Há, também, casos em que a violência é exercida é confundida com brincadeiras de criança. De acordo com a psicóloga, urge desmistificar a falsa crença de que troçar e insultar faz parte do crescimento dos miúdos.

"Esta é uma ideia errada. Um dos motores de desenvolvimento da criança é o conflito. E este não pode ser ultrapassado com comportamentos de bullying. Não é normal que uma criança seja sistematicamente humilhada na escola, a ponto de lhe causar traumatismos psicológicos."

Pequenos e terríveis
Haverá uma verdadeira motivação para comportamentos de bullying?

"Os miúdos agressores têm uma auto-estima elevada e uma grande confiança em si próprios", responde Sónia Seixas.

A psicóloga refere, no entanto, que "a auto-imagem do bully é alimentada pelo sofrimento e domínio que exercem sobre os colegas".
Por encontrarem a vítima numa situação de vulnerabilidade e com uma rede social menos alargada, o bully agride o colega, insulta-o e a vítima não reage. E a partir deste momento torna-se um alvo fácil". Como a vítima se fecha em si própria e não se queixa - por ter vergonha e pelo medo de retaliação" - as agressões vão sucedendo no tempo.

O facto de a vítima ser frequentemente colocada numa situação de embaraço e de chacota pública perante os colegas, vai contribuir para "aumentar os seus níveis de insegurança, tristeza e depressão".
Segundo Sónia Seixas, para combater estas situações, "é preciso estar atento aos sinais de alerta".

A psicóloga diz que cabe aos pais e à comunidade escolar um papel mais interventivo nestas questões. A pedopsiquiatra Ana Vasconcelos partilha da mesma opinião, alertando para a necessidade de chamar os adultos à responsabilidade, já que as vítimas, por acharem que não vale a pena pedir ajuda, se encontram impotentes para encarar a situação.
"Os professores e os pais encontram-se numa situação privilegiada. Se as crianças chegam quase todos dias a casa com arranhões, com roupa rasgada, estes podem ser indícios de que estão a ser alvo de bullying por parte dos colegas na escola", observa Sónia Seixas. E salienta: "Ao notarem que a criança apresenta dificuldades em dormir, pesadelos e fobias escolares graves, os pais devem tentar perceber o que origina estes medos. Porque certos comportamentos ou reacções podem encapotar situações graves de agressividade por parte dos colegas."

Linha S.O.S bullying

808 968 888 é o número de telefone através do qual as vítimas de bullying podem solicitar ajuda. Com um horário de funcionamento entre as 18 e as 20h, a linha orienta as vítimas, via telefone, encaminhando-as para o profissional mais habilitado a intervir na situação.


domingo, 25 de abril de 2010

Um ano após 1ª final, Neymar cresce, ganha músculos e vira estrela


Esqueça a imagem daquele garotinho magricela, com sorriso metálico, que ia a pé à Vila Belmiro jogar bola pelo Santos. Em um ano, Neymar, 18 anos, o mais aclamado jogador deste Campeonato Paulista, sofreu transformações visíveis dentro e fora de campo e virou mania.

Há 364 dias, ele entrava em campo contra o badalado Corinthians do atacante Ronaldo na decisão do Estadual. Mas falhou. Neste domingo, às 16h, o jovem atacante inicia uma nova oportunidade de conquistar o Paulista, desta vez contra o Santo André, no Pacaembu, na primeira partida da decisão. A diferença é que, agora, Neymar ocupa o papel que foi do Fenômeno naquela final.

Ele cresceu dois centímetros, ganhou quatro quilos de músculos e, diz, está mais rápido e objetivo. De promessa, virou realidade. Agora o santista é a estrela do time, artilheiro da temporada com média de um gol por jogo e se transformou em um dos preferidos dos brasileiros para compor a seleção brasileira na Copa da África.

Os Meninos da Vila já passaram por todas as provas de maturidade até aqui. Venceram o Corinthians, derrotaram o São Paulo três vezes e mostraram força, seriedade e superação em momentos decisivos. Mas, especificamente para Neymar, conquistar o Estadual pode se tornar mais uma prova contundente de que é a principal revelação do futebol brasileiro dos últimos anos.

ANIVERSARIANTE, DORIVAL QUER GOLEADA

  • Divulgação/Santos FC

    Dia 25 de abril é dia da primeira partida final do Campeonato Paulista entre Santos e Santo André, e também aniversário de Dorival Júnior.

    O treinador completa 48 anos, e espera receber de presente uma goleada santista no Pacaembu.

E o sucesso do atleta santista dentro dos gramados refletiu diretamente fora dele. A própria reportagem atestou isso. Em março do ano passado, a reportagem esteve com o garoto em sua casa. Ele e sua família moravam a 100 metros da Vila. Hoje, residem em casa mais espaçosa em outro canto da cidade. Neymar ganhou um carro dele mesmo, com o aval do pai-patrão, que, ao contrário de 2009, agora o deixa usar brincos e correntes em entrevistas.

"Minha vida está mais corrida fora de campo", disse o jogador, que viu aumentar tanto seu salário quanto sua multa rescisória, em nova entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo, em meio à preparação para o jogo deste domingo.

Diferentemente da entrevista do ano passado, desta vez o encontro foi marcado com antecedência maior, foi mais corrido e aconteceu no clube. Neymar surgiu ostentando um enorme colar de ouro com suas iniciais, mostrou mais ginga e cadência e respostas mais condizentes com o padrão boleiro. Não é mais tão tímido, e aqueles seus traços de criança começam a desaparecer.

"Tudo mudou. Meu estilo de jogar, minha forma física, o raciocínio. Estou mais experiente", disse o atacante, que mostra confiança quando o assunto é a pressão de jogar uma Copa ou atuar no exterior. "A bola lá fora também é redonda." Uma comparação tão simples quanto, para ele, fazer

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Espanhóis dizem que Santos rejeitou oferta do Real por Neymar

Com a vitória sobre o Monte Azul, Santos soma 41 pontos e lidera o  Campeonato Paulista Foto: Agência Lance

Neymar está na mira do Real Madrid, mas diretoria do Santos não pretende vendê-lo
Foto: Agência Lance

Os gols e dribles de Neymar despertaram o interesse em diversos clubes do mundo, especialmente o Real Madrid, que até fez uma consulta ao Santos. Mas, ao que tudo indica, a negociação ficará para outro momento. Neste domingo, o jornal espanhol Marca noticiou que o presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, se negou a conversar com representantes do Real.

De acordo com o cartola, um representante do time espanhol entrou em contato com ele na segunda-feira, mas o Santos "rejeitou a oferta". O presidente disse à Rádio Eldorado/ESPN que nenhum jogador do Santos está à venda.

Neymar é visto pela imprensa estrangeira como a principal revelação do futebol brasileiro na atual temporada. Ventila-se que o Real Madrid pretende oferecer até 30 milhões de euros (R$ 71,5 milhões) pelo atacante.

Fluminense 'surpreende' e demite o técnico Cuca; Muricy Ramalho é o alvo


Cuca não é mais treinador do Fluminense. Na tarde desta segunda-feira, a diretoria (presidente do clube Roberto Horcades, vice de futebol Alcides Antunes e presidente da patrocinadora Celso Barros) decidiu pela demissão do técnico. Isso acabou pegando a todos de surpresa, pois parecia mais tranquilo após o triunfo sobre a Portuguesa por 1 a 0, na última quarta, no Canindé, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Sem Cuca, a diretoria do Fluminense já pensa em outro nome para a sequência da Copa do Brasil e disputa do Campeonato Brasileiro. Muricy Ramalho, desempregado desde sua saída do Palmeiras, deverá ser o novo treinador tricolor.

"Cuca foi o técnico que comandou o time naquela belíssima arrancada no fim do Campeonato Brasileiro de 2009, que nos livrou do rebaixamento. Infelizmente, não conseguiu o mesmo êxito no Campeonato Estadual”, frisou Alcides Antunes, confirmando que o novo treinador do Fluminense está desempregado.

Cuca comandou normalmente o trabalho na manhã desta segunda-feira, na Portuguesa da Ilha. No período da tarde, ele chegou juntamente com elenco, mas com roupa “normal”, enquanto os jogadores e membros da comissão técnica estavam com uniforme de treinamento.

Na quinta-feira passada, dia 15, Celso Barros, negou qualquer conversa com Muricy Ramalho e ainda bancou a permanência de Cuca.

“Não falei com o Muricy Ramalho e nem sei quanto ele cobra para treinar uma equipe. Quem decide a contratação é o departamento de futebol. E, pelo que sei, Cuca é o treinador do Fluminense. Ele está no comando do time”, afirmou.

Após a partida contra a Portuguesa, Fred, que fez o gol da vitória sobre a Lusa, reiterou o apoio do grupo com Cuca e salientou ainda que a demissão do técnico seria um ato de incompetência da diretoria tricolor.

“A saída do Cuca foi mais especulação. Acharia muito injusto se fizessem isso com ele e muita incompetência da diretoria do Fluminense. Estamos no caminho certo e uma hora vai funcionar. Conseguimos formar uma união muito grande. Temos uma das melhores comissões técnicas do futebol brasileiro”, salientou, ainda no gramado do Canindé.

Esta foi a segunda passagem de Cuca pelo Fluminense. Neste trabalho, o treinador chegou em setembro do ano passado e comandou o Tricolor na arrancada contra o rebaixamento à Série B do Brasileiro. O time ainda ficou com o vice-campeonato da Copa Sul-Americana ao perder para a LDU, do Equador, na final.

Além de Cuca, Cuquinha e Eudes Pedro, ambos seus auxiliares, também deixam o Fluminense. Contra a Portuguesa, na quinta-feira, às 21h, no Maracanã, o Tricolor será comandado por Mário Marques, da equipe de juniores.

sábado, 17 de abril de 2010

54% dos eleitores não sabem em quem votar em 2010

Diretor do Datafolha lembra que quadro eleitoral deve mudar com início da campanha

54% dos eleitores não sabem em quem votar em 2010

Divulgação

O diretor do Instituto Datafolha, Mauro Paulino, falou à Jovem Pan da pesquisa sobre a corrida presidencial divulgada neste sábado no jornal “Folha de S. Paulo”. De acordo com ele, não há grandes mudanças estatísticas em relação ao levantamento realizado há três semanas.

O pré-candidato do PSDB, José Serra, aparece com 38% contra os 28% da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. “Aparentemente, Serra teve um desgaste em razão das chuvas em São Paulo, mas já retomou ao patamar anterior aos temporais. Já Dilma permanece no mesmo patamar”, resumiu.

Para Mauro Paulino, vale a pena prestar atenção à pergunta espontânea, que não mostra o nome dos candidatos. Quando os cerca de 2.600 entrevistados de 144 cidades do país são questionados sobre quem votarão para presidente, 54% deles não apontam ninguém. “54% dos eleitores não têm ideia em quem votarão, não conhecem nenhum candidato. É importante prestar atenção na pergunta espontânea, pois ela mostra um retrato de como o Brasil ainda não está pensando na eleição”, explicou, justificando que, quando mostrado o nome dos candidatos, Dilma aparece com 13%, Serra com 12%, 7% apóiam Lula e 3% o candidato de Lula, que não sabem quem será.

O diretor do Instituto Datafolha lembra que a eleição está apenas no começo e que o voto dos eleitores não está cristalizado. “O eleitor está tomando contato agora com a eleição. Esta polarização cria um efeito de segundo turno já no primeiro turno. A qualquer momento, um candidato pode tirar voto do outro. O quadro pode mudar com a campanha eleitoral”, reiterou.

A grande preocupação de José Serra é com o Nordeste, onde Lula consegue seu maior apoio e, consequentemente, onde Dilma pode conquistar mais votos. Não é à toa que a candidata petista tem 37% das intenções de voto contra 33% do tucano na região. A grande dúvida é saber se o eleitor continuará disposto a votar no candidato de Lula quando a campanha começar, caso não gostem de Dilma.

Em outras regiões, o tucano conquistou maioria dos votos. No Sudeste, Serra atinge 45% contra 26% de Dilma, com 19 pontos percentuais de diferença na região mais populosa do país. No Sul, ele tem uma vantagem semelhante, de 22 pontos, com 48% e 26% para o tucano e a petista, respectivamente. No Norte e Nordeste, Serra também está à frente com 42% contra 31% de Dilma.

Mauro Paulino lembra que o candidato Ciro Gomes vem perdendo força. O levantamento realizado nos dias 15 e 16 de abril mostra o candidato do PSB com 9%, sendo ultrapassado por Marina Silva, que tem 10% das intenções de votos. É aí que outro quadro começa a se formar, mas não muito diferente da situação atual. Se Ciro Gomes não conseguir a candidatura, serão apenas três concorrentes: José Serra, que chegará a 42%, Dilma Rousseff, com 30%, e Marina Silva, com 12%.

Esse número menor de candidatos aumentaria a possibilidade de a eleição ser decidida já no primeiro turno. Mas, apesar disso, Serra ficaria com 42% e a soma de Dilma e Marina também daria 42%, levando a eleição para segundo turno mesmo, como já é esperado.

Ouça a entrevista concedida por Mauro Paulino a Anchieta Filho no Jornal da Manhã.

fique esperto estudande,como fazer um trabalho,por Dom Bosco

Preparativos iniciais


Antes de se municiar com enciclopédias e livros, é interessante saber quais aspectos do tema serão tratados. Um jeito de definir isso é fazer uma lista de todos os pontos possíveis de ser abordados. A partir daí,
é só selecionar os tópicos realmente importantes para desenvolver.

Cercar o tema

Todo assunto pode ser investigado por vários ângulos e, por maior que seja o esforço, não dá para abordar tudo de uma vez. Normalmente, quando os professores pedem um trabalho, eles já dão uma "cercada" no tema, para facilitar a vida dos alunos. Mas se isso não acontecer, não se desespere. Delimitar um tema de pesquisa não é um bicho-de-sete-cabeças. Para isso, comece listando no papel todos os pontos possíveis de ser abordados, já com as informações que você tem sobre o assunto. Depois escolha aqueles que realmente devem ser desenvolvidos. Esse é um exercício muito interessante, porque as questões levantadas servirão como um pré-roteiro na hora de encaminhar a pesquisa e, depois, de elaborar o texto.

Quer um exemplo?
Se o trabalho é sobre a região Sudeste, você pode começar listando os estados que integram a região. A partir daí, considerar semelhanças e diferenças entre cada estado nos aspectos econômico, social, político ou cultural. Quando falamos em economia, quais as principais atividades da região? Existe predominância rural ou urbana? Quais as maiores cidades? Como é a distribuição de renda? Se pensarmos nos aspectos sociais, qual é a escolaridade da população? E o acesso a museus, bibliotecas e outros bens culturais? Como estão as taxas de natalidade e de mortalidade e o que isso representa?
Esse primeiro levantamento de questões deve ser o mais amplo possível, para depois ser reduzido a aspectos realmente fundamentais, que serão pesquisados em profundidade.


Reunir informações


Com o tema delimitado, é hora de arregaçar as mangas e recolher informações em livros e artigos acessíveis e fáceis de consultar, como manuais didáticos, enciclopédias gerais ou especializadas, revistas, jornais e também na internet. Dependendo do assunto, é possível reunir uma boa variedade de material de pesquisa, abordando os diferentes aspectos do trabalho. Aí vem o momento de pânico: como ler tudo isso? Não perca tempo! Escolha as fontes que parecem mais interessantes e ricas em informações e comece a destrinchá-las.


Dica importante!
Para trabalhar com material encontrado na internet, imprima ou faça download dos textos que parecerem realmente úteis. Dessa forma, você não precisa ficar muito tempo conectado a seu provedor.

Região Sul

Os primeiros e milenares habitantes da região Sul do Brasil são os povos indígenas naturais da terra, principalmente os guaranis (mbyás), os kaingangs e os carijós.

Posteriormente, vieram os padres jesuítas espanhóis para catequizar os índios e a dominar a terra. Esses religiosos fundaram aldeias denominadas missões ou reduções. Os índios que habitavam as missões criavam gado, ou seja, dedicavam-se à pecuária, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios.

Os bandeirantes paulistas atacaram as missões para aprisionar os índios. Com isso, os padres jesuítas e os índios abandonaram o lugar e o gado ficou solto pelos campos. Muitos paulistas foram aos poucos se fixando no litoral de Santa Catarina. Eles fundaram as primeiras vilas no litoral.

Os paulistas interessaram-se também pelo comércio do gado. Os tropeiros, isto é, os comerciantes de gado, reuniam o gado espalhado pelos campos. Eles levavam os animais para vender nas feiras de gado, em Sorocaba. No caminho por onde as tropas passavam sugiram povoados. Os tropeiros também organizaram as primeiras estâncias, ou seja, fazendas de criação de gado.

Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou construir fortes militares na região. Em volta dos fortes surgiram povoados. Durante muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul. As brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados. Esses tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil.

A população da região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes europeus. Os primeiros imigrantes foram os açorianos. Depois vieram principalmente os alemães (1824, São Leopoldo, Rio Grande do Sul), e os italianos (1870). Outros grupos (árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para morar. Os imigrantes fundaram colônias que se tornaram cidades importantes.

As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. O norte do Paraná foi povoado com a criação de colônias agrícolas financiadas por uma companhia inglesa. Pessoas de outros Estados do Brasil e de mais de 40 países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e de cereais. No oeste catarinense, desenvolveram-se a pecuária, a exploração da erva-mate e da madeira.
mais um pouco

A região Sul é uma das cinco grandes regiões em que é dividido o Brasil. Compreende os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que juntos totalizam uma superfície de 576.300,8 km². A região Sul é a menor das regiões brasileiras e faz parte da região geoeconômica Centro-Sul. É um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência europeia, principalmente de origem italiana e germânica. A região Sul apresenta altos índices sociais em vários aspectos: possui o maior IDH do Brasil, 0,831, e o terceiro maior PIB per capita do país, 13.208,00 reais, atrás apenas da região Sudeste e a região centro-oeste. A região é também a mais alfabetizada, 94,8% da população.

Faz fronteiras com o Uruguai ao sul, com a Argentina e com o Paraguai ao oeste, com a região Centro-Oeste e com a região Sudeste do Brasil ao norte e com o oceano Atlântico ao leste.

Sua história é marcada pela grande imigração européia,pela Guerra dos Farrapos,também chamada de Revolução Farroupilhae mais recentemente pela RevoluçãoFederalista, com seu principal evento o Cerco da Lapa.Outra revolta ocorrida na história da região foi a Guerra do Contestado, de caráter religioso.

A Região Sul do Brasil é uma das regiões mais ricas da América do Sul e da América Latina, estando situado na zona temperada do sul, com a parte norte na zona tropical, embora todo o Centro-Sul do Brasil também seja muito rico e desenvolvido, com destaque para as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

População grande em área pequena

A região Sul é a menor em superfície territorial do Brasil e a mais desenvolvida, ocupa cerca de 7% do território brasileiro, mas por outro lado, sua população é duas vezes maior que o número de habitantes das regiões Norte e Centro-Oeste. Seus 26.973.511 habitantes representam uma densidade demográfica de 43,50 hab./km². Com um desenvolvimento relativamente igual nos setores primário, secundário e terciário, essa população apresenta os mais altos índices de alfabetização registrados no Brasil, o que explica, em parte, o desenvolvimento socioeconômico da região em comparação com as outras regiões brasileiras.

Localização ao sul do Trópico de Capricórnio

A região Sul é a única região brasileira localizada quase totalmente abaixo do Trópico de Capricórnio e, por isso mesmo, é a mais fria do Brasil. O clima dominante é o subtropical e são freqüentes as geadas. Em altitudes elevadas também ocorrem ocasionalmente precipitações de neve. As estações do ano são bem definidas e as chuvas, em geral, distribuem-se em grande quantidade ao longo do ano. O clima regional do sul, em comparação com as demais regiões do país, caracteriza-se por sua homogeneidade, notadamente no que se refere à sua pluviometria e ao ritmo estacional de seu regime. Destaca-se um clima mesotérmico bastante úmido no planalto Meridional e subtropical, e superúmido na faixa litorânea e na encosta atlântica, com temperaturas bastante elevadas. Como característica geral, o clima do Sul é o subtropical, apresentando uma sensível oscilação térmica durante o ano. É possível diferenciar nitidamente duas estações: o inverno, que pode ser frio e o verão, quente, sobretudo nas áreas de baixa altitude dos três estados. Apenas o extremo noroeste do estado do Paraná e os litorais do Paraná e Santa Catarina apresentam invernos amenos e verões quentes, excetuando-se os locais mais elevados do planalto, de clima mais brando.

Na região Sul, mais precisamente em Santa Catarina, foram registradas tanto a mais alta (até 2005), quanto a mais baixa temperatura de todo o Brasil.

Paisagens geoeconômicas bem diferenciadas

No Sul, originalmente, diferenciavam-se duas áreas: a de florestas e a de campos. A primeira, colonizada por imigrantes alemães, italianos e eslavos, assumiu um aspecto europeu, com pequenas e médias fazendas voltadas para a policultura. A região de campos, ao contrário, ocupada desde a época colonial por latifundiários escravocratas, foi utilizada inicialmente para a pecuária extensiva e, mais tarde, também para o cultivo de trigo e soja. Hoje em dia, com o êxodo rural e inovações da agricultura, aumentou-se muito a concentração fundiária na região.

Atualmente, além dessas duas paisagens, há também as áreas industriais e urbanizadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Curitiba,[19] no Paraná e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Também é importante destacar a região norte do Paraná, que compreende como cidades pólo Londrina e Maringá, considerada "celeiro do Brasil" possui a maior produção de grão do país e a terceira maior do mundo, concentrando grande influência no campo agroindustrial. Alem da região sul de Santa Catarina que é uma das maiores produtoras de carvão do brasil! Também em Santa Catarina,temos os maiores polos de criação e cultivo de bois e porcos, além de leite e uma vasta area de cultivo agrícola, neles o que mais se rebela é o de arroz!

Embora distintas, essas paisagens geoeconômicas estão integradas, o que facilita caracterizar a região como a mais uniforme do Brasil quanto ao índice de desenvolvimento humano.

Geografia

O clima da região Sul apresenta-se uniforme, com pequenas variações. Os outros elementos do quadro natural sulista, entretanto, quase sempre apresentam duas paisagens em contraste: relevo com extensos planaltos e estreitas planícies, hidrografia com duas grandes bacias fluviais (a do Paraná e a do Uruguai) e outras menores, vegetação em que se alternam florestas e campos. A consideração dessas dualidades, é de extrema facilidade para a compreensão da natureza sulista.

O planalto Meridional é constituído por rochas sedimentares antigas (arenitos) e extensões de rochas magmáticas eruptivas (basaltos). Subdivide-se em:

* Planalto Arenítico-Basáltico, uma formação de cuestas, conhecidas como serras — Serra Geral (Santa Catarina) e coxilhas (Rio Grande do Sul);
* Depressão Periférica, conhecida como planalto dos Campos Gerais (Paraná) e Depressão Central (Rio Grande do Sul).

O planalto Cristalino Brasileiro é formado por rochas sedimentares antigas junto ao litoral e pela escarpa da serra do Mar. Áreas mais baixas e onduladas ao sul, caracterizando as serras de Sudeste, com suas inúmeras coxilhas.

Na Planície Costeira ou Litorânea, aparecem pequenas planícies fluviais, embutidas nos planaltos, e uma extensa planície costeira, que ora se estreita, ora se torna bastante larga. Nessa planície, há presença de restingas, lagoas costeiras, praias e dunas.

O clima da região Sul é subtropical, na maior parte da região. As temperaturas média oscilam entre 12 °C a 21 °C, com grande amplitude térmica. As chuvas de 1.200mm e 2.000mm são bem distribuídas durante o ano.

A região Sul é representada basicamente por duas bacias:

* bacia do Paraná — principais rios: Paranapanema, Tibagi, Ivaí, Piquiri e Iguaçu, além do Paraná.
* bacia do Uruguai — principais rios Ijuí, Ibicuí e Piratini, além do Uruguai.

Na Mata das Araucárias se encontram espécies úteis, como o pinheiro-do-paraná e a imbuia. A Mata Atlântica está localizada junto ao litoral e ao vale dos grandes rios.

Os campos meridionais ou do planalto, também conhecidos como Campanha Gaúcha ou Pampa, no Rio Grande do Sul, que constituem excelentes paisagens naturais.

Relevo
Mapa físico da região Sul.

O relevo da região Sul é dominado, na maior parte de seu território, por duas divisões do planalto Brasileiro: o planalto Atlântico (serras e planaltos do Leste e Sudeste) e o planalto Meridional. Nessa região, o planalto Atlântico é também denominado planalto Cristalino, e o Meridional é subdividido em duas partes: planalto Arenito-basáltico e Depressão Periférica. A região apresenta ainda algumas planícies. O ponto mais elevado da região sul é o Pico Paraná, com 1922 metros de altitude, localizado no estado do Paraná. Porém o Morro da Igreja está situado a 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8 °C, em 29 de junho de 1996.[20]

Os principais acidentes geográficos do relevo sulista são:

* Planalto Cristalino: Apresenta-se bastante amplo no estado do Paraná, onde sua escarpa voltada para o oceano forma a serra do Mar, e em Santa Catarina, esse planalto estreita-se bastante. Suas elevações formam os "mares de morros", que caracterizam a espaço da própria forma de relevo das serras e planaltos do Leste e do Sudeste.
* Planalto Meridional: Recobre a maior parte do território da região Sul, alternando extensões de arenito com outras extensões de basalto. O basalto é uma rocha de origem vulcânica responsável pela formação de solos de terra roxa, que são bastante férteis. Na região Sul, excluindo-se o norte e oeste do Paraná, são poucas as áreas que possuem tais solos, pois muitas vezes as rochas basálticas são recobertas por arenitos.
Praia da Guarita, na cidade de Torres (RS).
A elevação de maior destaque no planalto Meridional é a serra Geral, que no Paraná e em Santa Catarina, aparece à retaguarda da serra do Mar, mas no Rio Grande do Sul termina junto ao litoral, formando costas altas como as que aparecem nas praias da cidade de Torres, no Rio Grande do Sul. Para facilitar sua caracterização, o planalto Meridional costuma ser dividido em duas partes: planalto Arenito-basáltico e Depressão Periférica.
* Planalto Arenito-basáltico: Nele, a diferença de resistência à erosão entre o basalto e o arenito forma as cuestas, localmente conhecidas como "serras". Exemplo: serra Geral, em Santa Catarina.
* Depressão Periférica: Área rebaixada e estreita, como é conhecida pelos nomes de planalto dos Campos Gerais, no Paraná, e Depressão Central, no Rio Grande do Sul. Também semelhantes com uma "canoa"
* Escudo Sul-Riograndense: Planalto também conhecido como Serras de Sudeste, localizado no sudeste do Rio Grande do Sul, caracterizado pelas coxilhas, que são formas de relevo onduladas e com colinas.
A região possui ainda pequenas planícies fluviais embutidas nos dois grandes planaltos (Cristalino e Meridional) e uma extensa planície costeira junto ao litoral. No Paraná, a planície de maior destaque é a Baixada Paranaense, e no Rio Grande do Sul, torna-se bem visível a presença de restingas que "fecham" enseadas e formam lagoas costeiras, como a lagoa dos Patos e a lagoa Mirim, na fronteira com a República Oriental do Uruguai. Em Santa Catarina, planície costeira é estreita, principalmente no norte, e dessa forma continua pelo litoral paranaense, onde forma praias, dunas ou ainda restingas.

No Brasil, país predominantemente tropical, somente a região Sul é dominada pelo clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as médias variam de 16 °C a 20 °C, mas o inverno costuma ser bastante frio para os padrões brasileiros, com geadas frequentes em quase todas as áreas, e em locais de altitudes mais elevadas, queda de neve. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro, mas no norte do Paraná — transição para a zona intertropical — concentram-se nos meses de verão.

Podem-se encontrar também características de tropicalidade nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as médias térmicas são superiores a 20 °C e as chuvas caem principalmente no verão.

Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas. No inverno, as frentes frias, que são geralmente seguidas de massas de ar vindas do Pólo Sul, causam resfriamentos e geadas. Os habitantes do Sul chamam esse vento frio de minuano ou pampeiro.

É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecerá.
[editar] Hidrografia
Vista aérea das Cataratas do Iguaçu (PR), na fronteira do Brasil com a Argentina.

Tanto a serra do Mar como a Serra Geral estão localizadas próximas do litoral. Dessa forma, o relevo da região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios — que é o planalto — segue de leste para oeste. Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas subdivisões da Bacia Platina. Os rios mais importantes são volumosos e possuem grande potencial hidrelétrico, o que já está sendo explorado no rio Paraná, com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a maior do mundo). Essa exploração permite ao Sul e ao Sudeste uma crescente utilização de energia elétrica, tanto para consumo doméstico como industrial, fazendo-se necessária a continuidade dos investimentos nesse local.

Os rios sulistas que percorrem em direção ao mar fazem parte de um conjunto de bacias secundárias, conhecido como Bacias do Sudeste-Sul. Entre essas, a de maior aproveitamento para hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, muito conhecida pelas suas imprevisíveis cheias, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que atinge uma região bastante desenvolvida, influenciada basicamente pela colonização alemã.


Quando muitos geógrafos brasileiros se referem ao sul do Brasil, é comum se lembrar da Mata de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e do grande pampa gaúcho, formações vegetais típicas da região, embora não sejam as únicas.
A Mata de Araucárias é a paisagem típica da vegetação de planalto da região Sul.

A Mata de Araucárias, bastante devastada e da qual só restam alguns trechos, aparece nas partes mais elevadas dos planaltos do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na forma de manchas entre outras formações vegetais. A Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná) adapta-se mais facilmente às baixas temperaturas, comuns nas partes mais altas do relevo, e ao solo de rocha mista, arenito e basalto, que se concentra no planalto Arenito-basáltico, no interior da região.
Folhas de erva-mate: a erva-mate é um dos principais produtos agrícolas da região Sul.

Desta mata são extraídos principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, utilizados em marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas são empregadas no preparo do chimarrão. Além dessa mata, a serra do Mar, muito úmida devido à proximidade com o oceano Atlântico, favorece o desenvolvimento da mata tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, muito densa e com grande variedade de espécies, inicia-se no Nordeste e continua pelo Sudeste até chegar ao Sul.

A Mata de Araucárias, que foi o panorama vegetal típico da região, aparece atualmente apenas em trechos. A devastação iniciou-se no final do Império, devido a concessões feitas pelo governo à abertura de estradas de ferro, e agravou-se com a atividade madeireira. No Norte e Oeste do Paraná, as poucas manchas de floresta tropical estão praticamente destruídas, devida à expansão agrícola. Nos últimos anos, tem-se tentado implantar uma política de reflorestamento.

A região Sul é ocupada também por vastas extensões de terra de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos meridionais, divididos em duas áreas distintas. A primeira corresponde aos campos dos planaltos, que ocorrem em manchas desde o Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é mais extensa e localiza-se inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região conhecida como Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e aparece como uma camada de ervas rasteiras.

Finalmente, junto ao litoral, merece destaque a vegetação costeira de mangues, praias e restingas, que se assemelham às de outras regiões do Brasil.