terça-feira, 22 de junho de 2010

pessoas coloridas

Nossa! o que está acontecendo com a nossa juventude actual??,você não consegue ir na esquina que você logo de cara já encontra algum indevido andando ouvindo uma musica que aparenta ter alguém chorando,e usando uma calça laranja,verde limão,vermelha,amarela,ou pink,com um cabelo 100% com chapinha,e tem entre 14 a 17 anos,isso é um porra de um emo colorido!!!
Essa coisa grotesca simplesmente tá tomando conta dos jovens e deixando eles gays,e nada cultos,parou aquela época que os jovens gostavam de cazuza ,legião urbana,e paralamas do sucesso,que eram musicas que tinha uma letra de protesto,hoje os jovens(não eu) ouvem cine,restart,e outras baboseiras medíocres,musicas em que não traz informação alguma apenas alguém chorando por uma menina,ou por um menino quem sabe??

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Kaká evita elogios à bola de seu patrocinador, mas usa história para protegê-la

Meia brasileiro Kaká segura a bola  oficial da Copa do Mundo 2010, fabricada por seu patrocinador

Kaká, enfim, falou. No 16º dia da preparação do Brasil para a Copa do Mundo, o principal nome do time concedeu sua primeira entrevista coletiva. E a primeira pergunta feita já era mais do que prevista: a Jabulani, bola do Mundial criada pela Adidas, patrocinadora pessoal do camisa 10 da seleção. Em tom diplomático, o meia amenizou o tema. Não fez elogios à Jabulani, mas lembrou o histórico de críticas em edições passadas e citou companheiros que detonaram a bola nos últimos dias.

“Vou amenizar, não vou criticar a bola da Copa. Desde que me conheço como jogador, em todas as competições existiram críticas sobre a bola. Foi assim na Copa das Confederações, na Copa passada, na Copa de 2002... Só que a Copa tem uma proporção e uma intensidade muito grande. Foi criada uma polêmica na primeira semana, mas agora todo mundo está se adaptando”, discursou Kaká, lembrando ainda o gol de Michel Bastos na vitória por 3 a 0 sobre o Zimbábue. “O Michel não reclama.”

O armador de Dunga fez questão de relatar cenas envolvendo Luís Fabiano e Julio Cesar, dois dos ferrenhos críticos da Jabulani. “Já vejo o Luís Fabiano beijando a bola nos treinos, vejo o Julio Cesar a abraçando. Essa é a bola da Copa e espero que com ela a gente seja campeão.”

A entrevista de Kaká nesta sexta-feira foi a mais concorrida desde que a seleção começou a se preparar em Curitiba, no dia 20 de maio (o meia foi o primeiro a se apresentar). Mais de 30 câmeras da imprensa internacional registraram as palavras do camisa 10. A sala usada para a conversa ficou abarrotada de jornalistas.

PALESTRA OFICIALIZA FIM DA PARADINHA

O ex-árbitro argentino Horacio Elizondo, como instrutor da entidade máxima do futebol, deu uma palestra para os jogadores do time nacional do Brasil no hotel da equipe em Johanesburgo.

Uma das preocupações da entidade é passar aos jogadores as novas determinações da International Board que começaram a valer a partir do dia 1º de junho. Para os brasileiros, a que mais interessa é em relação à ‘paradinha’ na hora da cobrança de pênalti, que agora está proibida.

"Ela foi geral, maioria dos jogadores já viu essa palestra outras vezes. A Fifa dá essa palestra, mas sempre tem algumas atualizações. A principal foi sobre a paradinha. Todos os vídeos que mostraram foram do futebol brasileiro, explicando o que se pode ou não fazer na Copa", disse Kaká.

Antes mesmo de Kaká assumir o microfone, Josué, o primeiro a ser entrevistado, foi questionado sobre a bola. E o camisa 10 riu quando o volante argumentou que “existem bolas melhores”.

O armador foi questionado três vezes sobre a bola. Quando um repórter avisou que insistiria em um determinado tema, Kaká indagou: “de novo a bola?”. Mas a pergunta era sobre outro assunto.

A resposta mais esperada de Kaká nesta sexta era justamente sobre a Jabulani. Uma declaração do jogador foi usada em comunicado oficial da Adidas assim que Julio Cesar a criticou. O garoto-propaganda brasileiro não elogiou a bola em momento algum, seja na nota ou na entrevista desta tarde (manhã do horário de Brasília).

No final da entrevista, Kaká segurou uma Jabulani arremessada por um programa de humor. Ao sair da bancada, deu dois beijos na bola, fazendo seu papel de defensor.

A Jabulani já recebeu inúmeras críticas dos brasileiros. Julio Cesar a comparou às bolas de supermercado, usando ainda o termo horrível. Luís Fabiano a classificou como sobrenatural. Felipe Melo foi além. Disse que a bola da Copa parece “uma patricinha: não gosta de ser chutada”. Júlio Baptista também engrossou o coro e lamentou sua utilização no torneio.

O tema fez até Dunga rebater publicamente Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. O dirigente sugeriu que os brasileiros estavam usando a bola como desculpa. “Se ele [Valcke] jogar e testar a bola vai ter uma opinião diferente. Ele não entrou em campo, não deu um chute, só sabe falar", respondeu o treinador da seleção.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cruzeiro é o primeiro a frear ataque do Santos, mas só empata no Mineirão

Washington Alves/VIPCOMM

O poderoso ataque do Santos, com 120 gols marcados na temporada, passou em branco pela primeira vez. O feito foi conseguido pelo Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, o time mineiro não conseguiu marcar e a partida terminou empatada por 0 a 0.

Após a partida, o técnico Adílson Baptista anunciou que está deixando o comando do Cruzeiro. O treinador se despedirá do time no domingo, depois do confronto com o Atlético-GO.

O jogo foi de baixa qualidade técnica. Ambas as equipes tiveram poucas chances para marcar. O time mandante ficou perto da vitória, após a expulsão do centroavante santista, Marcel, aos 25 minutos, mas o alvinegro conseguiu segurar a igualdade.

Com o resultado, Santos e Cruzeiro seguem juntos na tabela. As equipes somam nove pontos cada e ocupam a 5ª e 6ª posição respectivamente.

Na próxima rodada, o Santos enfrenta o Vasco, domingo, na Vila Belmiro. Já o Cruzeiro duela com o último colocado, Atlético-GO, no mesmo dia, no Serra Dourada.

Adilson Batista e Dorival Júnior tinham como objetivo aumentar o moral no clube com uma vitória na partida. Para isso, os dois treinadores surpreenderam nas escalações. O time mineiro entrou em campo sem o experiente meia Roger, e com Elicarlos em seu lugar. Já Dorival promoveu a estreia do goleiro Rafael, formado nas categorias de base do clube. Felipe ficou no banco de reservas.

As duas opções surtiram efeito defensivamente nos 45 minutos oficiais. Elicarlos ajudou a segurar o poderoso ataque santista na primeira etapa. Já Rafael teve pouco trabalho, mas demonstrou segurança, e não cometeu falhas.

O duelo teve qualidade técnica abaixo do esperado para o primeiro tempo. As duas criaram poucas chances. O alvinegro teve uma ótima oportunidade logo aos 7 minutos, na única finalização do time no primeiro tempo. André apareceu livre na frente de Fábio, chutou forte, mas o goleiro cruzeirense fez uma ótima defesa.

O time mandante teve mais posse de bola, e chegou constantemente no ataque. Porém, a equipe também pouco assustou. A exceção foi uma cobrança de escanteio de Thiago Ribeiro que terminou com uma cabeçada de Gil no travessão, aos 30 minutos.

As equipes seguiram sem empolgação nos minutos finais da primeira etapa, e foram para o intervalo empatando sem gols.

Apesar da baixa qualidade demonstrada pelos times, ambos os treinadores não promoveram modificações na volta para o segundo tempo. O posicionamento tático das equipes, no entanto, foi alterado. As equipes passaram a atacar com mais frequência.

NÚMEROS DO DATAFOLHA

  • 12

    finalizações

    deu o Cruzeiro, que buscou mais o gol, contra apenas quatro do Santos

  • 4

    lançamentos

    tentou o Santos, contra apenas um do Cruzeiro

Um lance polêmico aconteceu aos 9 minutos. Eliandro foi derrubado pelo goleiro Rafael dentro da área, em um lance que tentou encobri-lo de cabeça. O árbitro, nada marcou.

Irritado com a baixa produção ofensiva, Dorival Júnior optou por realizar duas alterações antes dos 20 minutos. Zezinho e Marcel entram em campo nos lugares de Marquinhos e André, respectivamente. Mas o que modificou o panorama do jogo foi a expulsão do centroavante Marcel aos 25 minutos, após entrada dura em Jonathan.

Adilson Batista colocou o jovem atacante Sebá no lugar do lateral Diego Renan e trouxe o time mineiro ainda mais para frente. O sacrificado do lado santista foi Neymar, substituído por Madson.

Encurralando o Santos no campo defensivo, o Cruzeiro esteve mais perto do triunfo. Entretanto, a equipe mineira sequer conseguiu uma finalização, e a partida terminou empatada sem gols.

CRUZEIRO 0 X 0 SANTOS

Cruzeiro
Fábio; Jonathan, Gil, Thiago Heleno e Diego Renan (Sebá), Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique, Eli Carlos (Pedro Ken); Thiago Ribeiro e Eliandro (Roger)
Técnico: Adilson Batista

Santos
Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Rodriguinho, Wesley, Marquinhos (Zezinho) e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Madson) e André (Marcel)
Técnico: Dorival Júnior

Data: 02/06/2010 (quarta-feira)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF).
Cartões amarelos: Eli Carlos, Fabrício e Henrique (CRU); Durval, Paulo Henrique Ganso, Neymar e Zezinho (SAN)
Cartões vermelhos: Marcel, aos 25 minutos do segundo tempo (SAN).

Satisfeito com empate, Edu Dracena elogia defesa e sela paz com Dorival

Edu Dracena deixou o gramado do Mineirão, na noite desta quarta-feira, comemorando o empate sem gols com o Cruzeiro. O zagueiro elogiou o desempenho do sistema defensivo do time, e viu uma equipe se dedicando em prol de Dorival Júnior.

Dracena teve problemas com o treinador no último final de semana quando se queixou pelo fato de ter sido substituído no clássico contra o Corinthians. Desta vez, o defensor atuou os 90 minutos da partida.

“Deu para perceber que todos estão apoiando o treinador. Basta ver como a equipe correu em campo. O grupo todo confia no trabalho dele, e por isso nos dedicamos”, disse Edu Dracena.

Mesmo não tendo balançando a rede, o Santos festeja o fato de não ter sido vazado após 12 jogos sofrendo gols. Essa foi a principal razão para a satisfação de Dracena.

“O resultado está de bom tamanho. Estamos desgastados, sem descansar e empatamos com uma equipe complicada, que certamente vai brigar pelo título”, destacou o zagueiro.

A opinião foi a mesma do companheiro Wesley. “Todo mundo sabe da qualidade do adversário, e o resultado foi ótimo. Um pontinho fora de casa precioso”, comentou.

O próximo jogo do Santos é domingo, na Vila Belmiro, diante do Vasco. Essa será a última partida antes da pausa para a Copa do Mundo.

Dorival reconhece deficiência técnica do ataque e enaltece defesa

O ataque do Santos não funcionou pela primeira vez na temporada na noite desta quarta-feira, no Mineirão, no duelo contra o Cruzeiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, Dorival Júnior não lamentou o fato. Isso porque a defesa santista também evitou gols do adversário, e segurou o empate por 0 a 0.

O alvinegro vinha de uma sequência de 12 jogos sendo vazado. O sistema defensivo é alvo constante de duras críticas, e por isso, o treinador enalteceu o setor.

“A nossa defesa se comportou bem. Como a do Cruzeiro também. Essa foi a tônica da partida. Foram as defesas que garantiram o resultado”, disse Dorival.

O duelo no Mineirão teve poucas chances de gol. A partida sem emoção foi considerada de baixo nível técnico pelo treinador.

“Isso é notório. Foi um jogo tecnicamente fraco, muito marcado, mas com muita vibração. A técnica dos times não prevaleceu” comentou o técnico, antes de elogiar o rival.

“O Cruzeiro criou enormes dificuldades para a nossa equipe. Eles têm grandes jogadores e poderiam decidir o jogo a qualquer momento. Fugimos das nossas características pelas dificuldades impostas” explicou

O próximo jogo do Santos é domingo, na Vila Belmiro, diante do Vasco. Essa será a última partida antes da pausa para a Copa do Mundo. "Nosso time está desgastado. Isso tem dificultado", voltou a repetir o discurso característico ao final das partidas, Dorival.

Suspenso, Neymar não encara o Vasco e antecipa folga para a Copa

Neymar recebeu o terceiro cartão amarelo no Campeonato Brasileiro, no empate sem gols contra o Cruzeiro, na noite de quarta-feira, no Mineirão. Desta forma, o atacante não enfrenta o Vasco, domingo, às 16h, na Vila Belmiro, no último duelo da equipe antes do recesso para a Copa do Mundo.

Neymar levou cartão amarelo em um lance onde o árbitro Wilton Pereira Sampaio considerou que o jovem agrediu Jonathan ao tentar proteger a bola.

O Santos já havia programado folgas coletivas a partir do dia 7. O retorno está agendando apenas para o dia 21. Como Neymar não vai se concentrar para a partida diante do Vasco, o atacante deve fazer sua última aparição no clube, antes da pausa para a Copa, no sábado.

Após o recesso, Dorival Júnior promete que vai intensificar os treinamentos físicos dos jogadores. No entanto, a diretoria santista ainda estuda a participação da equipe em amistosos nacionais e internacionais.

A saída de Neymar após a Copa do Mundo, na reabertura do mercado internacional, é especulada. No entanto, o clube não trabalha com essa possibilidade. A multa rescisória contratual do jovem é de 35 milhões de euros (aproximadamente R$ 78 milhões).

Estreante, Rafael não é vazado e deve ganhar vaga de Felipe no gol do Santos

O Santos conheceu um novo camisa 1 na partida contra o Cruzeiro, na noite de quarta-feira, no Mineirão, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Rafael ganhou a vaga de Felipe por opção de Dorival Júnior, não foi vazado, e deve seguir como titular.

O jogador de 20 anos foi formado nas categorias de base do clube. No profissional, em jogos válidos por competições oficias, essa foi a primeira participação do goleiro com a camisa santista.

Rafael pouco precisou se esforçar. Segundo números do Datafolha, ele fez três defesas na partida. O goleiro participou do lance mais polêmico do jogo ao derrubar o atacante cruzeirense Eliandro na área. No entanto, o árbitro Wilton Pereira Sampaio, nada marcou.

Rafael perdeu espaço no Santos na temporada passada após sofrer uma fratura na perna, em setembro. O jogador ficou quatro meses inativo, e neste ano passou a revezar com Vladimir a presença no banco de reservas do time.

O goleiro chegou a participar dos 45 minutos finais do amistoso contra o Red Bull, nos Estados Unidos, em março. Mas para azar do jogador, Dorival Júnior teve que deixar o estádio no intervalo, para não se atrasar no voo de volta ao Brasil, e não presenciou a atuação do goleiro – o alvinegro perdeu o jogo por 3 a 1, e todos os gols do adversário foram marcados no primeiro tempo, quando Fábio Costa estava no gol.

Dorival justificou que a mudança na meta santista aconteceu por razão técnica. Felipe foi o titular em todos os outros 37 jogos santista na temporada. Porém, o goleiro passou a ser extremamente criticado após cometer algumas falhas.

O próximo jogo do Santos é domingo, na Vila Belmiro, diante do Vasco. Essa será a última partida antes da pausa para a Copa do Mundo. Durante o recesso, o alvinegro busca definir a situação de Fábio Costa. A intenção é rescindir o contrato do atleta e buscar um novo camisa 1.

Atirador mata 2 pessoas em tribunal de Bruxelas

Bruxelas, 3 jun (EFE).- Uma juíza e um funcionário foram mortos a tiros hoje em plena audiência em um tribunal cível de Bruxelas, confirmaram fontes judiciais à imprensa local.

O autor dos disparos teria fugido depois do incidente, de acordo com as mesmas fontes.

A Polícia de Bruxelas não quis fazer comentários a respeito. Já a promotoria convocou uma entrevista coletiva para informar sobre o fato nesta tarde.

Alguns veículos de imprensa apontam que o suposto assassino estaria descontente com uma decisão da juíza - uma mulher próxima à aposentadoria - e, por isso, abriu fogo, atirando-lhe na cabeça.

As balas atingiram também um funcionário da corte, confirmou um magistrado.

O suposto assassino teria fugido a pé do recinto, situado nas imediações do Palácio de Justiça, em pleno centro de Bruxelas. Mesmo assim, ainda não há notícias sobre a captura.

A Polícia interditou toda a área. O ministro da Justiça belga, Stefaan De Clerck, o chefe da Polícia de Bruxelas, Guido Van Wymersch, e outras autoridades foram imediatamente ao local.

Em declarações à emissora "RTL", De Clerck qualificou os fatos de "inaceitáveis" e prometeu "continuar com a luta contra a criminalidade" na capital.

No entanto, ele deixou claro que seria impossível que houvesse um policial em cada sala de audiência dos tribunais cíveis, nos quais se resolvem habitualmente problemas menores.

Soldados israelenses teriam "atirado corpos no mar", diz brasileira que estava em barco

A ativista e cineasta brasileira Iara Lee, detida por tropas israelenses na ação militar contra embarcações que levavam ajuda humanitária à Gaza na segunda-feira passada, disse que passageiros do barco em que viajava "'viram soldados atirando corpos no mar".

Iara viajava no barco Mavi Marmara, que foi palco dos episódios de violência que resultaram na morte de nove ativistas. Em entrevista à BBC Brasil, de Istambul, onde chegou nesta quinta-feira de madrugada junto com um grupo de cerca de 450 ativistas deportados de Israel, Iara disse não ter testemunhado as mortes, mas que "outras pessoas que estavam no barco contaram ter visto soldados atirando corpos no mar".

"Nossa contabilidade é de que 19 pessoas morreram. Ainda há gente desaparecida, não sabemos o que aconteceu com eles. E ainda há feridos muito graves, praticamente morrendo, que não conseguimos retirar do hospital em Tel Aviv." Iara contou que os atiradores de elite do Exército de Israel entraram no principal navio da frota "atirando para matar".

Ela disse que o operador de internet do Mavi Marmara foi morto com um tiro na cabeça.

"Ele estava na sala de operações, perto da ponte, por onde entraram os atiradores de elite. O corpo dele foi encontrado com um tiro na cabeça", disse ela nesta quinta-feira, antes de embarcar para os Estados Unidos, onde vive.

Iara contou que estava embaixo do convés no momento do ataque, mas quando subiu para procurar seu cinegrafista, viu quatro corpos e vários feridos.

"Era muito sangue, eu comecei a passar mal, tive ânsia de vômito e até desisti de procurá-lo." Violência desproporcional Para a cineasta, a violência usada pelas tropas na ação foi desproporcional.

"Nos barcos pequenos, eles usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e armas de choque. Mas no nosso barco, eles chegaram usando munição de verdade", conta.

"Foram atiradores de elite, todos vestidos de preto, armados".

A cineasta contou que a abordagem israelense ocorreu por volta de 04h30 da madrugada, no escuro, e que foi muito rápida.

"Tinha dois barcos da Marinha. Quando a gente piscou apareceram dezenas de barcos de borracha, helicópteros, atiradores de elite descendo no barco. A marca registrada deles é o silêncio, fomos pegos de repente", ela lembra.

Iara acredita que os soldados ficaram assustados com o número de passageiros a bordo - mais de 600 - e que, por isso, ele podem ter optado por uma ação rápida com o objetivo de assumir imediatamente o controle do barco.

"Esperávamos que eles atirassem para o alto, em direção aos nossos pés, para nos assustar. Imaginávamos que eles fossem tentar jogar redes nos nossos motores, deixar a gente à deriva no meio do mar, mas nunca imaginamos isso." Depois da abordagem, as embarcações da tropa foram levadas para o porto de Ashdod, em Israel, com todos os passageiros algemados. "Quando mandaram a gente descer do barco, já tinham jogado todo o conteúdo de nossas malas no chão, estava tudo misturado. Eram roupas, laptops, pijama, escova de dentes, tudo junto." Os ativistas voltaram para a Turquia apenas com a roupa do corpo e seus passaportes. Segundo a cineasta, todas as câmeras, telefones celulares e blackberries foram confiscados pelo Exército. Ela diz que perdeu US$ 150 mil em câmeras e lentes.

Mas Iara disse que os ativistas conseguiram salvar registros do ataque que teriam sido escondidos em peças de roupas.

"A gente conseguiu salvar algumas fitas com imagens do ataque, que costuramos nas nossas roupas e não foram encontradas pelas autoridades israelenses." Iara Lee saiu do Brasil em 1989 e passou 15 anos nos Estados Unidos, onde é radicada. Nos últimos cinco anos, ela morou em diversos países, entre eles Irã, Tunísia e França, onde filmou documentários.

Após surpresa no primeiro turno, coalizões devem garantir vitória de candidato governista na Colômbia, diz especialista

  • Juan Manuel Santos,  candidato à presidência pelo Partido Social da Unidade Nacional

    Juan Manuel Santos, candidato à presidência pelo Partido Social da Unidade Nacional

O primeiro turno das eleições presidenciais colombianas, realizado no último final de semana, alavancou inesperadamente as chances de vitória do candidato governista Juan Manuel Santos, mas sua eleição depende ainda do sucesso das alianças antes da votação no segundo turno, de acordo com o analista ouvido pelo UOL Notícias.

Às vésperas da votação de 30 de maio, a imprensa colombiana publicava pesquisas de intenção de voto nas quais Santos, pelo Partido Social da Unidade Nacional, aparecia com 34% da preferência, contra 32% de seu principal rival, o ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus, candidato pelo Partido Verde. As apurações das urnas, no entanto, mostraram 46,6% dos votos para o candidato governista e 21,5% para o opositor.

“A surpresa para todo mundo foi que Santos tivesse uma porcentagem tão alta, que se aproximasse da maioria simples dos votos que seria necessária para ganhar no primeiro turno. Isso não estava previsto no quadro das pesquisas”, comentou Markus Schultze-Kraft, analista do International Crisis Group, em Bogotá.

“Agora, Santos não pode se dar ao luxo de acreditar que chegará à vitória no segundo turno apenas com o seu próprio apoio político”, explica. “Ou seja, as alianças pré segundo turno serão importantes para Santos – e ainda mais importantes para Mockus, que vai precisar de um esforço maior para construir coalizões para si”.

O partido Conservador da Colômbia já anunciou seu apoio a Santos, destacando que ele representa a coalizão que governou o país nos últimos oito anos. O apoio é relevante já que a candidata conservadora no primeiro turno, Naomí Sanín, conseguiu 6,14% dos votos.

“Para Santos, o grande desafio é ver como conseguir o apoio de outros setores do espectro de direita e centro-direita, como os conservadores, que já se aliaram, mas também Cambio Radical, com Vargas Lleras, ou uma corrente pró Uribe do Partido Liberal”, afirma Schultze-Kraft.

Essas negociações, segundo o analista, provavelmente tratarão de cargos no eventual futuro governo. “Quando se pergunta na Colômbia ‘o que você oferece’, normalmente se está perguntando que tipo de cota plutocrática você pode oferecer, ou seja, um ministério, uma outra entidade do Estado, por exemplo. Essas são as questões que a equipe de Santos agora está tentando responder”

Para seu rival, o cenário é mais difícil. Mockus chega ao segundo turno após uma ascensão de popularidade meteórica nos últimos meses, em parte construída a partir do contraste do candidato Verde em relação aos partidos tradicionais, o que lhe deixa com margem de manobra mais restrita agora.

“Por parte de Mockus, as alianças são limitadas, pois não poderá se aliar com os conservadores, tampouco com Vargas Lleras ou com o partido Liberal”, exemplifica Schultze-Kraft. “Ele poderia se aliar com o Pólo Democrático [de esquerda], mas não seria uma aliança muito poderosa, e além disso o pólo está em situação interna de fracionamento”.

Essa situação foi explicitada pelo próprio Mockus, que pediu apoio dos cidadãos que deixaram de votar ou que votaram nos candidatos derrotados, mas sem prever coalizões formais.

“Estamos convocando alianças cidadãs, e não acordos políticos. Este tipo de acordo político entre partidos viola a filosofia do Partido Verde”, disse Mockus em entrevista coletiva.

O segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia está previsto para o dia 20 de junho.