sábado, 25 de fevereiro de 2012

JOHNNIE WALKER ARMA ENCRENCA COM A CACHAÇA DE MINAS,Luzifotogramas


A inglesa Diageo, gigante do setor de bebidas e fabricante do uísque Johnnie Walker, quer tirar do mercado um primo pobre inconveniente, nascido em Minas Gerais: a cachaça João Andante.

Criada por quatro amigos no último ano do ensino médio, em 2003, a pinga mineira vende cerca de 200 garrafas por mês no boca a boca e pela internet. Ainda assim, a Diageo entende que a marca – tradução meio manca de Johnnie Walker –, é plágio de uma de suas principais bebidas.
A gigante inglesa solicitou ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) que anule o registro concedido em fevereiro deste ano à João Andante, sua nova “rival”. A disputa com a multinacional tem tudo para ser mais um capítulo quixotesco na história dessa pinga mineira. Idealizada por inspiração de aulas de empreendedorismo, até hoje o negócio é um hobby para os donos, que usam o produto como cartão de visita profissional e social.
O veredicto, quem vai dar, é o INPI. Até agora, porém, ao invés de conseguir o que queria, o que a Diageo fez foi jogar lenha na fogueira ao promover a João Andante indiretamente, num momento em que a empresa se prepara para dar um salto na produção.
Na segunda-feira, por exemplo, o pedido de nulidade do registro da marca foi tema de uma longa matéria no jornal “Estado de Minas”. No ano que vem, ao invés de 200 garrafas para vender por mês, os fabricantes da cachaça já reservaram com produtores do interior de Minas quatro mil delas. A visibilidade gratuita deve contribuir para elevar a expectativa mensal de vendas, de 550 garrafas ao mês.

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