quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Drogas,a Maldição do mundo: Crack



Na edição passada, abordamos o tema cocaína, chamando a atenção para o fato de que devemos estar atentos aqueles que amamos, ajudando-os a encontrar a saída para este momento difícil em sua vida. Neste mês, daremos continuidade ao tema com uma abordagem sob o crack, uma droga derivada da mistura de uma base de cocaína – uma porção não salgada, denominada livre, com bicarbonato de sódio, amônia e água destilada –, que resulta em uma forma sólida conhecida como pedras de crack, as quais podem ser fumadas em cachimbos. O bicarbonato estoura a pasta solidificada, formando as pedras, que contém várias impurezas.

Devemos levar em conta que é certo que todo usuário de crack experimentou maconha anteriormente, embora nem todo usuário de maconha tenha experimentado o crack. Invariavelmente, a maconha é a porta de entrada para o consumo dessa droga, que vem destruindo uma quantidade enorme de pessoas em todo o mundo, inclusive em nosso país.

Origem – O crack surgiu na década de 1980, e, no início, seu consumo rapidamente se disseminou, sobretudo, nas classes mais pobres em virtude do baixo preço que esse tipo de droga possui no mercado do tráfico.

Atualmente, seu consumo é maior do que o de cocaína, por ser mais barato e pelo fato de seus efeitos durarem muito menos tempo, fazendo com que o dependente químico reinicie seu consumo rapidamente e por um número muito maior de vezes. Note, caro leitor, que, nesta edição, substituímos o termo usuário – que designa quem faz uso de outros tipos de droga – por dependente químico, já que o consumo de crack, apenas uma única vez, já determina uma dependência permanente e praticamente irreversível, ou seja, muito mais difícil de ser vencida.

O crack, por ser derivado da cocaína, atua em nosso sistema nervoso central – formado por cérebro, tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal –, provocando aumento dos batimentos do coração e da pressão arterial, dilatação das pupilas dos olhos, intensa transpiração, tremores (sobretudo das extremidades do corpo), grande aumento de força física (acompanhado de maior facilidade de irritação) e perda do autocontrole. Depressão, delírios e fissura por novas doses são presença constante na vida do usuário.

No nível da mente, enquanto está sob o efeito da droga, o dependente se sente mais forte e poderoso e tem a autoestima aumentada, o que, geralmente, leva-o a cometer mais delitos, sobretudo associados a uma maior agressividade.

No primeiro uso do dia, surge a sensação de euforia, o brilho nos olhos e a sensação de bem-estar, conhecidas como o relâmpago (ou “tuim”). Mas, após fazer o primeiro uso da droga, o tal “tuim” desaparece, dando lugar a um grande aumento da frequência e do ritmo do coração, que pode chegar a mais de 200 batimentos por minuto, aumentando o risco de hemorragias cerebrais, infartos, convulsões e morte. As células cerebrais – os neurônios – começam a ser destruídas, assim como os pulmões, ocorrendo uma expectoração (eliminação de catarro) enegrecida característica.

O “craqueiro”, como é conhecido, é verdadeiramente atormentado por dores de cabeça, vertigens, desmaios, alucinações, delírios, tremores, suor excessivo, desnutrição – pois não se alimenta –, palidez e nervosismo.

Chamamos atenção para o fato de que, se for fumado paralelamente à ingestão de álcool, o crack produzirá efeitos devastadores, geralmente ocasionando a morte do dependente químico.
O dependente de crack fuma as pedras em cachimbos, aspirando a fumaça, que é imediatamente levada para os pulmões, onde é rapidamente absorvida, disseminando-se por todo o corpo e produzindo seus efeitos em, aproximadamente, 12 segundos, sendo que seus efeitos duram, no mínimo, cinco minutos e, no máximo, dez.

Alguns fumam o crack com maconha, em cigarros chamados de “piticos”. Quando isso ocorre, a agressividade do viciado tende a diminuir, devido aos efeitos depressivos da maconha.

Uso – Como podemos observar, é a forma de uso e não a composição do crack, como muitos poderiam supor, que faz com que ele seja considerado mais potente, pois, ao chegar aos pulmões, a fumaça é rapidamente absorvida pelo sangue, chegando ao cérebro em questão de segundos, produzindo seus efeitos catastróficos.

Dessa forma, o crack tornou-se mais potente e mais utilizada do que qualquer outra droga conhecida, sendo barata, de efeito imediato, de fácil aquisição, sem cheiro – dificilmente detectada – e que causa dependência psíquica desde a primeira pedra. O crack desestrutura completamente a personalidade daquele que o utiliza, tornando-o desconhecido para a família e a sociedade.

Um único dependente consome cerca de 20 a 30 doses de crack por dia. Essa demanda orgânica é tão grave, que os viciados fazem qualquer coisa para obter novas doses da droga, praticando desde pequenos furtos até homicídios e prostituição, não importando o sexo, a idade e o nível cultural ou socioeconômico. Inicialmente, ele desfaz-se de todos os seus bens. Depois, furta amigos e familiares, e, por fim, passa para a vida do crime.

O uso frenético da droga faz com que aquele que buscou inicialmente um aumento de sua autoestima acabe por jogá-la no lixo, tentando qualquer coisa para obter o crack, abandonando os cuidados com o próprio corpo e, consequentemente, com sua saúde. Daí, o dependente dessa substância apresentar um aspecto emagrecido e desleixado.

Lembremo-nos das palavras de Jesus, registradas no texto de Mateus 7.12-13, a qual diz, dentre outras coisas, que espaçoso é o caminho que conduz à perdição. É justamente isso o que nosso inimigo faz por meio da porta larga das drogas.

No momento em que estão tentando aprovar projetos de lei para a descriminalização do uso da maconha, nós, que combatemos o bom combate por nossas famílias, devemos tomar a firme decisão de manifestar o nosso voto contrário a esse tipo de iniciativa, bem como àqueles que os apóiam. Iniciativas como a descrita acima só tem um objetivo: destruir os laços daquela que o Senhor Jesus criou para ser a base de nossa de nossa sociedade, a família.

Para meditar: Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo (2 Pe 2.19). Não seja escravo das drogas. Seja um vencedor em Cristo Jesus!

Lembre-se: Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Rm 8.37)

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