quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Drogas,a Maldição do mundo: ecstasy




Dando continuidade à nossa série de artigos sobre entorpecentes, nesta edição, vamos falar sobre o ecstasy, uma droga usada frequentemente em raves – festas realizadas em espaços abertos ou fechados para dança com música contínua – e em boates e casas noturnas de nossas cidades. O ecstasy é um “parente” das anfetaminas, também conhecido como metanfetamina. Trata-se de uma droga produzida na Europa em laboratórios especializados e traficada para vários países, inclusive o Brasil.

Paradoxalmente, o ecstasy foi inicialmente produzido em 1914, para uso medicinal como moderador do apetite, embora nunca tenha servido para essa finalidade. Na década de 1960, foi indicado como antidepressivo, já que funcionava como um “elevador de ânimo” e, por isso, era uma droga de apoio à psicoterapia. Entretanto, o abuso desse tipo de droga levou à sua proibição. Em meados dos anos de 1980, já era proibido o seu uso e a sua comercialização mesmo que para tratamento medicinal, pois seus efeitos eram mais prejudiciais do que benéficos, a exemplo do que ocorrera com a cocaína.

O ecstasy é uma droga muito popular no meio universitário, e sua utilização vem aumentando assustadoramente, apesar da sua proibição. Pode ser consumida por meio de injeção, inalação ou por via oral sob a forma de comprimidos ou pastilhas (a forma mais comum e popularmente conhecida pelo nome de balinha).

Efeitos imediatos – Possui potente ação estimulante e alucinógena, sendo também chamada de “droga do recreio” ou “do desenho”. Isso porque é um entorpecente que age no sistema nervoso central, mais especificamente no cérebro, aumentando a produção das substâncias responsáveis pela transmissão do impulso nervoso (os neurotransmissores), impedindo a sua reabsorção e mantendo elevados os níveis dessas substâncias, responsáveis por seus efeitos estimulantes e alucinógenos.

Os efeitos se iniciam cerca de 20 minutos após a ingestão do comprimido, atingindo o seu ápice em até duas horas. Provoca aumento dos batimentos do coração, da pressão arterial e da temperatura corporal, e reduz o apetite e a salivação na boca. Causa a dilatação das pupilas e aumento do humor, dando uma sensação de maior energia. A mandíbula do usuário fica travada, seus olhos apresentam movimentos laterais involuntários e sua capacidade de andar fica prejudicada. Embora aumente o estado de alerta, muitos têm dificuldades de tomar decisões rápidas e também realizar julgamentos, o que pode expor o usuário facilmente ao perigo de acidentes.

Os usuários de ecstasy buscam maior sociabilidade (relacionamento com as pessoas) e o aguçamento das sensações (incluindo maior disposição física e mental), dentre outras coisas, mas, com a droga, sofrem efeitos colaterais (e muito nocivos), tais como: enrijecimento muscular, sobretudo nas pernas e na coluna (já que aumenta muito a tensão muscular); tremores e cãibras; intensa agitação motora (o usuário não consegue ficar parado); aumento da vontade de urinar; náuseas; vômitos; visão borrada; perda do apetite e o temível aumento da temperatura corporal, com produção de grande quantidade de suor, que, associado aos demais efeitos, pode levar a uma desidratação severa, à destruição de fibras musculares e ao entupimento dos rins, podendo causar a morte.

Usuários crônicos – No dia seguinte, o usuário pode sofrer de males como confusão de idéias, alucinações, perda da personalidade do indivíduo, ansiedade e cansaço extremo, síndrome do pânico e até mesmo surtos psicóticos. Veja que os efeitos são totalmente opostos aos que o usuário da droga estava buscando e, frequentemente, ele fica deprimido sem outra dose da droga. A longo prazo, o aumento dos neurotransmissores (especialmente a serotonina) produz lesões irreversíveis das células nervosas e provoca perturbações mentais, afetando o comportamento dos usuários.

As alterações mais encontradas em usuários crônicos de ecstasy são a perda da memória, síndrome do pânico, perda do autocontrole com possibilidades de surtos psicóticos, incapacidade de tomar decisões (insegurança), paranoias (mania de perseguição, por exemplo), alucinações e depressão profunda. Além de ser lesiva para os neurônios, é uma droga tóxica para o fígado, produzindo hepatite e até mesmo a destruição do órgão, por conta da chamada hepatite fulminante, a qual só pode ser tratada por meio de transplante do fígado. A droga também faz estragos no sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos), podendo matar por hemorragia cerebral ou infartos do coração, além de produzir cegueira por tromboses e hemorragias na retina do olho.

A realidade é que o ecstasy, assim como todas as outras drogas, vem para matar o usuário e a sua família, roubar a personalidade do indivíduo, a sua saúde e felicidade, e destruir seu corpo, sua mente, suas emoções e seus sonhos. É uma droga diabólica e, como tal, deve ser tratada, de forma a ser lançada no mar do esquecimento, nas profundezas do abismo, onde não poderá prejudicar pessoa alguma.

Para meditar:
Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que aborrece são enganosos (Pv 27.6)
Nem sempre aqueles que nos repreendem por estarmos fazendo algo errado, mesmo que inconscientemente, desejam o nosso mal. Se você sofre por causa do problema das drogas, deixe o Senhor Jesus entrar em sua vida e ajudá-lo a ser livre, pois foi para a liberdade que Ele nos chamou (Gl 5.13).

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