domingo, 28 de fevereiro de 2010

Deustchland Historie

Sua origem remonta ao século X antes de Cristo, quando tribos teutônicas se instalaram no atual território da Alemanha.

A região é conquistada por Júlio césar em 53 antes de Cristo. Com a desintegração do Império Romano, em 476, são criados vários reinos germânicos, consolidados pelo imperador franco Carlos Magna entre 772 e 802.

Além de anexar a Saxônia, a Baviera, a Renânia e outras terras ao domínio do Sacro Império Romano, Carlos Magno converte os germânicos ao cristianismo. O domínio franco encerra-se em 911 com a eleição, pelos duques germânicos, de Konrad I, o primeiro rei da Alemanha.

Em 962, Otto I torna-se imperador do Sacro Império Romano-Germânico (sua tumba está na catedral gótica de Magdeburg, no Estado da sacsonia alhat). Entre os séculos XI e XII, os domínios germânicos expandem-se a leste, mas as lutas entre príncipes e conflitos com o papado enfraquecem a centralização monárquica.

A Reforma Protestante e a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) contribuem para a manutenção da fragmentação política. Em 1815, com o fim das guerras napoleônicas, é organizada a Confederação Germânica, sob hegemonia da Áustria e da Prússia.

Essa região tem vigoroso crescimento econômico a partir de 1834, com a criação de uma união aduaneira. As revoluções populares de 1848, marcadas pelo nacionalismo e por aspirações liberais, levam à formação do primeiro Parlamento germânico, em Frankfourt.

Em 1862, Otto von Bismarck torna-se chanceler da Prússia, introduzindo um programa de desenvolvimento industrial e modernização do Exército. A unificação alemã envolve guerras contra a Dinamarca (1864), Áustria (1866) e França (1870). Em 1871, Guilherme I é proclamado kaiser (imperador) do II Reich. A partir de 1880, o país conhece uma fase de expansão econômica e colonial.

Sob Guilherme II, a Alemanha apoia o Império Austro-Húngaro contra a Rússia, o que leva o país à I Guerra Mundial. Abaixo, o cartão-postal mostra o Kaiser Wilhelm II (1901).

Com a derrota, a República é proclamada em 1919, na cidade de Weimar. O Tratado de Versalhes proíbe o rearmamento alemão, impõe perdas territoriais e pesadas reparações de guerra. A República de Weimar (1919-1933) vive grave crise econômica e social. A inflação dispara como resultado da emissão de moeda para pagamento das dívidas de guerra.

Abaixo, um exemplo de selo que foi emitido em 1923 com valor facial de 10.000.000.000 milhões de marcos, considerado o selo postal de maior inflação já emitido...

Em 1924, o país reorganiza seu sistema monetário e estimula a indústria. Por cinco anos, a Alemanha vive em relativa paz e prosperidade, até que a crise mundial de 1929 a atinge. Milhões de desempregados juntam-se ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o partido nazista, liderado por Adolf Hitler.

Nazismo (1933-1945)

Em 1933, Hitler torna-se chanceler e transforma a Alemanha em uma ditadura dominada pelo partido nazista. Inicia o rearmamento do país e suprime liberdades políticas e civis. Em 1938, a Áustria e os Sudetos, região alemã da Thecoslováquia, são anexados por Hitler.

A invasão da Polônia pelos alemães, em 1939, desencadeia a II Guerra Mundial. Com Itália e Japão, a Alemanha forma uma aliança militar conhecida como Eixo, que obtém vitórias expressivas entre 1940 e 1942. Os nazistas criam campos de concentração na Europa Oriental e eliminam milhões de oposicionistas, judeus, ciganos e homossexuais...

A partir da derrota diante dos soviéticos na Batalha de Stalingrado, em 1943, o III Reich começa a ser expulso dos territórios ocupados. Tropas aliadas invadem a Alemanha em 1945. Em maio, o país rende-se incondicionalmente à urss, aos EUA, o Reino Unido e à França. Pelos acordos de Yalta e Potsdam (no estado de bradensburgo), a Alemanha é dividida pelos aliados: os ocidentais ocupam o oeste e a URSS, o leste. O país perde territórios para a Polônia e a URSS...

Em 1949 são criadas a República federativa da Alemanha (RFA, ou Alemanha Ocidental), capitalista, e a (RDA, ou Alemanha Oriental), socialista.

No governo do primeiro-ministro democrata-cristão Konrad Adenauer, de 1949 a 1963, a RFA tem um período de prosperidade, principalmente em função da ajuda econômica norte-americana do Plano Marshall.

A Alemanha torna-se o centro do conflito entre EUA e URSS durante a Guerra Fria. Em 1948, os soviéticos ordenam o Bloqueio de Berlim, que é rompido por uma gigantesca ponte aérea dos EUA.

Uma revolta de trabalhadores em Berlim Oriental é esmagada pelo Exército soviético em 1953. Em 1955, a Alemanha Ocidental ingressa na Otan, a aliança militar ocidental. A Alemanha Oriental reage e adere, no mesmo ano, ao Pacto de Varsóvia, aliança militar liderada pela URSS.

Em 1961, autoridades orientais constróem o Muro de Berlim para deter o fluxo de refugiados para o Ocidente. O processo de aproximação entre as duas Alemanhas inicia-se no final da década de 60, estimulado pelo chanceler ocidental Willy Brandt, do Partido Social-Democrata.

Em 1973, RDA e RFA entram na ONU e reconhecem-se mutuamente no ano seguinte. Na Alemanha Ocidental, os democrata-cristãos voltam ao poder em 1982, com a eleição de Helmut Kohl, que substitui o social-democrata Helmut Schmidt.

O dirigente alemão-oriental Erich Honecker, no poder desde 1971, resiste à liberalização no bloco comunista, deflagrada em 1985 pelo dirigente soviético Mikhail gorbatchov.

Em 1989, milhares de alemães-orientais passam para a Alemanha Ocidental pelos territórios da Hungria e da Áustria. Em outubro, manifestações pró-democracia levam à substituição do linha-dura Honecker por Egon Krenz. Em novembro, a queda do Muro de Berlim abre o processo de reunificação. São marcadas as primeiras eleições livres da RDA.

Em 1990, a Aliança pela Alemanha, pró-unificação, vence as eleições; Lothar de Maizière é nomeado primeiro-ministro da RDA. Impulsionada por Kohl, realiza-se a unificação monetária (julho) e política (outubro) em 1990. O Exército alemão-oriental é extinto, o Parlamento unificado ratifica o Tratado da União e confirma Kohl no cargo de chanceler.

O país paga um preço alto pela reunificação. A desmontagem do parque produtivo da parte oriental provoca desemprego maciço. Altas taxas de juro, fixadas pelo Bundesbank (banco central), causam recessão. Num clima social tenso, imigrantes sofrem atentados de grupos neonazistas.

Em 1993, o Parlamento limita o direito de asilo político. Garantias sociais, que eram o orgulho da DGB – a mais forte central sindical da Europa –, são revistas em nome da competitividade da indústria alemã. Em 1994, Helmut Kohl e sua coligação de centro direita permanecem no poder: União Democrata-Cristã (CDU), União Social-Cristã (CSU) e Liberal-Democrata (FDP).

Em maio de 1994, o Bundestag (Parlamento) elege Roman Herzog, da CDU, presidente. A economia cresce 1,9% em 1995, contra uma projeção de 2,9%. O governo propõe, em abril de 1996, um programa de austeridade com corte de benefícios previdenciários.

Cerca de 350 mil pessoas saem às ruas, numa das maiores manifestações do pós-guerra. Embora os protestos continuem, o projeto é aprovado em setembro. Em novembro de 1996, o Parlamento anuncia que Bonn manterá funções governamentais depois do retorno da capital legislativa para Berlim, em 1999.

No início de 1997, o déficit público mantém-se acima dos 3% do PNB, máximo admitido como pré-condição para os países da União Europeia (UE) adotarem a moeda única (euro) em 1999. Em fevereiro, Kohl propõe aumento de impostos como saída para o rombo orçamentário de cerca de US$ 10 bilhões e um novo corte na Previdência.

O mês de março de 1997 é marcado por greves e protestos contra a política recessiva e de redução dos gastos públicos. Em abril, a justiça alemã responsabiliza o governo do Irã pelo assassinato, ocorrido em Berlim, em 1992, de quatro oposicionistas curdos.

A decisão provoca uma crise diplomática e a retirada dos embaixadores da UE (exceto Grécia) de Teerã. Ainda em abril, Helmut Kohl admite que irá candidatar-se ao quinto mandato, nas eleições de outubro de 1998. Em maio, o total de desempregados no país atinge a marca de 4,36 milhões, recorde desde a II Guerra Mundial.

Durante reunião da UE em Amsterdã, Países baixos, em junho, Kohl cede à exigência do novo governo socialista da França e assina documento sobre a coordenação das políticas econômicas europeias visando combater o desemprego.

Em setembro, a neonazista União do Povo Alemão quase consegue representação no Parlamento de Hamburgo (4,9% dos votos), enquanto o vencedor Partido Social-Democrata mostra o pior desempenho em meio século (37%).

Em agosto, o ex-líder da Alemanha Oriental Egon Krenz é condenado pela justiça a seis anos e meio de prisão. Krenz é acusado de quatro dos 900 assassinatos de alemães-orientais que tentaram fugir para o Ocidente, escalando o Muro de Berlim...

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