segunda-feira, 11 de abril de 2011

Show de Ozzy Osbourne reuniu 30 mil pessoas em São Paulo


Ozzy retornou com a supracitada Iron man para a parte final do show. Os telões não deixaram de mostrá-lo “devorando” um morcego de borracha. Ainda que a voz falhe por vezes, segura bem (a seu jeito, claro) até o final da apresentação, com I don’t want to change the world, Crazy train, Mama I’m coming home e Paranoid. Resumo da ópera: um grande show, mas não espere ser surpreendido. Porém, como o próprio Ozzy disse em entrevista, na tarde anterior, “completar um show já é uma surpresa.”

Entrevista
Não importa o que ele diz, mas como o faz. Cabeça baixa, Ozzy Osbourne chega, a passos curtos, para seu lugar em entrevista coletiva um dia antes do show em São Paulo. Vestido de preto, com os óculos de aro redondo que se tornaram sua marca registrada fora dos palcos, fala pouco, baixo, para dentro. Por mais de uma vez a tradutora, a seu lado, tem que apontar o jornalista que fez determinada pergunta. A verve, apesar de tudo, é sempre ácida. Ozzy abusa dos palavrões, não se abstém de responder a qualquer coisa, quase sempre de forma debochada. Risos e palmas se misturam ao fim da entrevista. “No rock, sou rei. Mas sou um cara normal, que não tem nada de especial e passa os dias limpando cocô de cachorro”, disse. Confira outros trechos:

Última turnê?
Não, vou fazer turnê até quando estiver morto.

TV novamente?
Não, não, não. Odeio TV. Faço rock’n’roll. Fiquei louco com câmeras 24 horas por dia em minha casa, na época em que as crianças estavam com problemas com drogas e a Sharon com câncer.

Retorno ao Sabbath?
Possivelmente, sim. Quando, não sei.

Dr. Ozzy
Existe um Dr. Oz na Califórnia que fica escrevendo para pessoas que perguntam a ele o que fazer quando a mulher não quer mais sexo. Arrume uma namorada! Cheguei à conclusão de que se fosse para responder a isso, tinha todas as respostas. E os jornais ingleses são muito esnobes. Então, criamos essa coluna no Sunday Times. Agora, se estiver na Inglaterra, pode ler, mas não a leve seriamente.

Justin Bieber
Tenho 42 anos de carreira, então já vi muita mudança na indústria. Hoje é Justin Bieber. Não, não ouço a música dele e acho que não vai estar por aí daqui a 40 anos. Fiquei com Lady Gaga um tempo na cabeça, até que ela virou uma grande chata.

Sobreviver
Não bebo, não fumo, não uso drogas. Hoje estou num bom momento, mas sobrevivi a muita coisa. Tem muita coisa que queria apagar e muita que não consigo lembrar.

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