quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Drogas,a Maldição do mundo: cocaína

A cocaína

Na edição passada, concluí o artigo sobre a maconha com a seguinte reflexão: A quem pode interessar tudo isso? Quais são os grandes interesses econômicos por trás de uma sociedade corrompida e apática, que não consegue se expressar e que tem a juventude alienada em relação aos problemas sociais de todo um país de dimensões continentais e probabilidades de crescimento ilimitadas? Uma nação ignorante e alienada é mais fácil de ser manipulada, não é verdade? São questionamentos bem pertinentes quando o assunto é droga, e, por isso, devemos refletir sobre eles.

Neste mês, falaremos da cocaína, uma substância extraída de uma planta popularmente conhecida como coca ou epadu, a qual é denominada cientificamente de Erytroxylon coca. Trata-se de um potente estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC) – formado por cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal – e de um fortíssimo vasoconstrictor, especialmente das artérias do coração. A superdose (overdose) frequentemente causa morte por infarto do coração.

Efeitos da droga – A cocaína é uma substância entorpecente, a qual vicia facilmente, trazendo sérias e devastadoras consequências para o usuário, sua família e toda a sociedade. Pode ser usada de diversas maneiras, dentre elas: por aspiração nasal, sob a forma de pó ou “farinha”; por injeção na veia (pó solúvel em água) e por inalação ou aspiração de fumaça para os pulmões (pasta de coca, a “merla”, ou, na forma sólida, o crack, fumado em cachimbos).

Usuários de cocaína alegam que o uso é motivado pelos efeitos prazerosos proporcionados pela droga, que dá uma sensação de grande euforia,

fazendo com que pessoas tímidas e introvertidas, por exemplo, experimentem sensações de poder, força e perda do medo. Muitos a utilizam para conseguir se “soltar” e, assim, por meio da droga, obter maior entrosamento com as outras pessoas.

Entretanto, na realidade, a euforia proporcionada pela cocaína dura um curto período de tempo, trazendo a reboque um forte quadro de depressão e ansiedade quase incontrolável por mais uma dose da droga. Nesse ciclo vicioso, o usuário – o qual busca se afastar da realidade – vê-se diante do aumento do risco de intoxicação e do agravamento dos efeitos destruidores da droga.

Riscos associados – A utilização dessa substância abrange pessoas de ambos os sexos, de todas as etnias, de todos os grupos sociais e de todas as idades. Os usuários de cocaína se isolam em grupos de dependentes químicos, perdendo o contato com amigos, colegas e familiares. Além disso, deixam de concentrar-se nos estudos e põem fim a antigos relacionamentos de amizade. Deixam também os familiares de lado e ficam à mercê de exploradores em todas as áreas, sem que haja quem os proteja. Em outras palavras, na verdade, ocorre um efeito contrário ao desejado pelo usuário que quer aumentar seu círculo de relacionamentos, já que ele termina isolado e, literalmente, nas mãos da morte que o espreita. Muitos cometem suicídio em decorrência do quadro de depressão subsequente ao uso crônico da droga.

Imediatamente após o consumo da cocaína, as pupilas do olho ficam dilatadas (midríase), e ocorre um aumento dos batimentos do coração, da pressão arterial e da temperatura do corpo. A utilização abusiva da droga pode ainda provocar convulsões com asfixia, disfunção da respiração e perda do ritmo dos batimentos cardíacos, os quais, quando ocorrem, frequentemente levam o usuário à morte. Outros efeitos são dores abdominais, náuseas e vômitos.

Ademais, podem ocorrer, na dependência da via de consumo, destruição do septo nasal com perda do olfato; distúrbios graves do coração; disseminação de hepatites B e C, e Aids, especialmente naqueles que optam pela via injetável. O uso crônico da cocaína leva à destruição irreversível da musculatura corporal (esquelética), por meio de um quadro

de atrofia progressiva e emagrecimento, o qual leva a pessoa a desenvolver uma face cadavérica.

Além disso, se por um lado o usuário de cocaína perde a vontade de estudar, tem menos interesse sexual e se afasta dos amigos e da família, por outro, devido à excitação do sistema nervoso, ele passa a apresentar um aumento da agressividade e de quadros depressivos, sem causa aparente. Ao mesmo tempo, observa-se o desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial, arritmias do coração, hepatites, bronquites, infecções pulmonares e respiratórias, depressão e ansiedade intensas, além de ideias suicidas em casos mais severos.

Devemos estar atentos àqueles que amamos e, ao verificar a existência do problema, precisamos ajudá-los a encontrar a saída para este momento difícil.

Na próxima edição, daremos continuidade ao tema das drogas.

Para meditar:

E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo (1 Tm 1.14)

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