RIO - A Justiça Federal decretou, no início da noite desta terça-feira, a prisão preventiva dos 11 militares envolvidos na morte dos jovens do Morro da Providência, aceitando pedido feito pelo Ministério Público Federal. Sete seriam postos em liberdade nesta quarta-feira, por dehttp://oglobo.globo.com
cisão da Justiça Militar, que entendeu que os militares não tiveram participação direta no crime.
Militares envolvidos na morte dos jovens da Providência identificam parte dos traficantes da MineiraOs procuradores da República José Augusto Vagos e Neide Oliveira agora têm até cinco dias para decidir se denunciam os militares ou não. Caso denunciem, eles responderão a processo penal na 7ª Vara Federal, em ação presidida pelo juiz Marcelo Granado. Depois da instauração do processo, a prisão dos militares não tem prazo de vencimento.
Pela manhã, a assessoria de imprensa do Ministério Pública Militar chegou a divulgar que, como a prisão preventiva dos outros sete militares não foi decretada, o Exército teria que soltar os detidos, para não ser acusado de "constrangimento ilegal". De acordo com a Justiça Militar, o sargento Leandro Maia foi o responsável pelo contato com os traficantes do Morro da Mineira, aos quais os três jovens foram entregues no dia 14. Os rapazes foram torturados e mortos pelos bandidos. No dia seguinte, os corpos foram encontrados no Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias.
Desde então, o Ministério Público Militar está investigando se os acusados cometeram crimes previstos no Código Militar. Entre eles, o de desobediência de ordens superiores e o de organização de grupos para a prática de violência. Na terça-feira, a promotora Hevelize Jourdan, do Ministério Público Militar, decidiu que vai denunciar, na semana que vem, todos os militares envolvidos na morte dos jovens da Providência, por recusa de obediência, organização de grupo para a prática de violência.
A promotora não descarta ainda a denúncia por prevaricação do capitão Laerte Ferrari Alves, que mandou os militares soltarem os rapazes e não foi obedecido. Ela disse que o capitão deveria ter checado se a ordem tinha sido cumprida. A promotora quer fazer uma acareação entre o capitão Laerte e o tenente Vinícius Guidetti, que é acusado de entregar os rapazes aos traficantes da Mineira.
Na segunda-feira, o juiz do 3 Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, Sidney Rosa da Silva, declarou-se incompetente para julgar o caso. Em nota divulgada à imprensa, o magistrado defende que o caso seja $pela Justiça Federal, já que os militares são servidores da União. Apesar da decisão, os autos do inquérito ainda não foram remetidos para um juiz federal, o que só deverá acontecer na quarta.
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