segunda-feira, 23 de agosto de 2010

history,por torero

Depois dos duelos deste fim de semana, vários cheiros se misturavam pelas ruas de Brasileirão City. Havia, claro, o cheiro pesado da pólvora e o doce odor do sangue. Mas quem tivesse bons narizes também poderia perceber que no ar pairava suor e lágrimas.

Se bem que, dessa vez, talvez o cheiro mais forte fosse o do uísque barato.

Ele vinha do Pacaembu Saloon, onde Jack Tricolor bebia goles e goles para esquecer da derrota para Tim Timão. Se ele fosse um personagem de desenho animado, o uísque sairia por três furos em seu peito. Aliás, foram só três porque o colete laranja à prova de balas de Jack (da tradicional marca Ceni) funcionou bem.

O uísque não vai curar a dor decabeça de Jack Tricolor.

Que dia duro para Jack... Ele atirou pouco e se esquivou mal. Já Tim Timão está mais perto da liderança e parece nem mais precisar de sua principal arma: Ronaldo Colt, que está na oficina há muito tempo.

Quem voltou a vencer foi Sir Arah. Ele passou bem por Sancho Pampa, que continua entre aqueles que podem ser mandados para Série B Village. Desta vez, Sancho Pampa esteve tão mal que bateu com sua boleadeira William Magrão na própria cabeça. As coisas já estiveram melhores para Sancho, que ainda tem que ver James Colorado feliz, comemorando a conquista del Paso de los Libertadores.

Pampa acertou a própria cabeça com sua boleadeira.

Falando em sorrisos, a bela Victoria Salvador, depois de derrotas sofridas e decisivas para Billy, the Fish, e para Big Green, voltou a mostrar seus faiscantes dentes. Desta vez ela venceu Will Uai, e fora de casa. Se bem que Will também não estava em seus domínios. Como o saloon Big Boy from Minas está em reforma, durante muito tempo Uai será um caubói errante, sem pouso certo, e isso deve acabar com suas esperanças de receber a estrela dourada em Brasileirão City.

Rob Gallo é outro que está sofrendo com a reforma do saloon dos mineiros. Para piorar, Gallo ainda não conseguiu vencer fora de seus domínios. Ontem perdeu para Billy, the Fish, que usou bem seu rifle Neymar. Aliás, o rifle está brilhando de novo, depois de ser polido com esmero e receber um gatilho de prata. O rifle quase foi vendido, mas acabou ficando nas mãos de Billy. Os inimigos, com raiva, dizem que ele estaria melhor dando tiros noutras paragens. Ah, a inveja...

Gallo está à beira do abismo.

Harry Hurricane ganhou do poderoso Black Red, atual xerife da cidade, e se afastou um tanto do inferno. Mas ainda cavalga à beira do precipício.

Big Green enfrentou o valente índio Guarani, mas nenhum deles conseguiu acertar o outro. Flechas e balas cortaram o ar, mas nada alvejaram. Ou avermelharam. Talvez porque os dois estivessem vestidos de verde e a luta tenha acontecido no verdejante Princess’s Earring. Valley.

O consolo para Big é que ele já conta com seu revólver chileno Valdívia, que dá tiros em curva, seu rifle Kléber, aquele que sempre tem munição, e seu chapéu Big Phill, que lhe dá ótimas ideias. Com estes três míticos objetos, logo estará dando espetáculos.

Mas o melhor duelo, o mais emocionante, o que teve mais tiros certeiros, foi o que aconteceu entre Louis Laranjeira e Joaquim Wayne.

Foi o encontro que teve mais público até agora em Brasileirão City. E, com o fechamento do Maracanã Saloon, deve ser o recorde até o final dos duelos.

Era um encontro de invictos. Louis Laranjeira não perdia há onze lutas. Joaquim Wayne, há oito.

Louis começou vencendo com sua Gun Gum. Mas Joaquim Wayne virou a mesa e o placar. No final, porém, o caubói que usa cartola empatou, e os dois mantiveram suas invencibilidades.

Ele não cai há doze duelos.

Louis continua à frente de todos em Brasileirão City e, enquanto cavalga em direção ao por do sol, sente o cheiro da glória cada vez mais forte.

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