“Mulheres do Brasil: Sob o mesmo céu”, o show de abertura do Carnaval do Recife 2011(Sexta no Marco Zero, 22h30), que juntará Elba Ramalho, Marina Lima, Nena Queiroga, Karina Buhr, Pitty, Zélia Duncan, Maria Gadú, Isaar, Roberta Sá, Céu, Fernanda Takai eMariana Aydar, sob direção de Lenine. O “megashow” terá 19 músicas (uma hora e meia de duração), cada cantora canta uma música sozinha e uma múisca Pernambucana em dueto. Entre as músicas estão:
Elba Ramalho “Leão do Norte”
Mariana Aydar “Peixes”
Elba Ramalho e Mariana Aydar “A Cidade” (Chico Science e Nação Zumbi)
Marina Lima “A Francesa”
Karina Buhr “Nassiria e Najaf”
Marina Lima e Karina Buhr “Voltei Recife” (Luiz Bandeira)
Céu “Cangote”
Pitty “Me Adora”
Céu e Pitty “Bicho de 7 Cabeças” (Geraldo Azevedo & Zé Ramalho)
Maria Gadú ???
Nena Queiroga “Chuva de Sombrinhas”
Nena Queiroga e Maria Gadú “Sol e Chuva” (Alceu Valença)
Zélia Duncan “Alma”
?? – “Mon amour, meu bem, ma femme” (Cleide – mais conhecida na versão de Reginaldo Rossi)
?? – “Frevo e ciranda” (Capiba)
[ quem souber as músicas que faltam posta aí... ]
No canal de Lenine no Youtube tem mais vídeos: “Pitty fala sobre show do Carnaval” e “Céu fala sobre o show Sob o Mesmo Céu“.
Para completar, confira o texto de José Teles sobre o show no Jornal do Commercio:
As meninas dos olhos de Lenine
Compositor convida 12 cantoras e faz a direção artística da abertura oficial da folia, no Marco Zero,
Parafraseando o refrão de Sob o mesmo céu (“Com quantos Brasis se faz um Brasil?”), com quantas mulheres se faz uma abertura de Carnaval? Pelos cálculos de Lenine, com uma dúzia: Elba Ramalho, Marina Lima, Nena Queiroga, Karina Buhr, Pitty, Zélia Duncan, Maria Gadú, Isaar, Roberta Sá, Céu, Fernanda Takai, e Mariana Aydar. Estas são as cantoras que fazem o megashow do Carnaval do Recife, sexta, no Marco Zero, logo em seguida ao já tradicional encontro de maracatus comandados por Naná Vasconcelos. Não por acaso, o espetáculo, montado especialmente para o evento, foi batizado de Sob o mesmo céu, nome da canção composta por Lenine e Lula Queiroga para o Ano do Brasil na França, em 2005.
Lenine assina a direção do show (que tem roteiro de Bráulio Tavares). Do Rio, enquanto se preparava para mais um ensaio com as moças, ele conversou, por telefone, sobre o espetáculo: “Está sendo muito bacana a adaptação de canções do repertório delas, com mais seis canções pernambucanas, repensadas para o estilo das cantoras, com novos arranjos. Cada qual canta uma música sua e, em dupla, uma música pernambucana. Marina e Karina Buhr, por exemplo, vão cantar em dueto Voltei Recife, de Luis Bandeira”. Nena Queiroga, uma das três pernambucanas no show, que viajou ontem para o rio para o ensaio final, canta, com Maria Gadú, Sol e Chuva, de Alceu Valença: “E faço uma minha, com André Rio e Beto Leal, chamada Chuva de sombrinhas”. As canções pernambucanas, que Lenine chama de “canções-ponte”, serão mostradas em novas versões. “Foi um prazer pegar estas músicas e transmutá-las para que ficassem com o jeito de cada uma das intérpretes”, comenta.
De acordo com o diretor musical do show, nem todas as canções pernambucanas careciam ser necessariamente carnavalescas. “Uma das coisas mais bacanas deste formato de Carnaval recifense é que se pode cantar o que se quiser”, afirma. Assim, as canções de compositores locais escolhidas são Frevo e ciranda, de Capiba, Bicho de Sete cabeças, de Geraldo Azevedo (em parceria com Zé Ramalho e Renato Rocha), Mon amour, meu bem, ma femme, de Cleide, Sol e chuva, Alceu Valença, e A cidade, Chico Science. Do repertório das cantoras, foram selecionadas Alma, Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, primeiro grande hit de Zélia Duncan, Nassíria e Najaf, de Karina Buhr, À francesa, Cláudio Zóli, com Marina Lima, e Peixes, de Mariana Aydar.
O show deve levar uma hora e meia, com 19 canções. Lenine canta na última, exatamente Sob o mesmo céu: “As meninas praticamente me intimaram a cantar com elas”, diz Lenine, que assim entrou no roteiro costurado por Bráulio Tavares. O roteirista lembra que Recife sempre propôs uma folia multicultural, e que a música de Carnaval se encaixa com a que é feita o resto do ano no Brasil. “A ideia desse show é mesclar o Carnaval, a música brasileira em suas diversas manifestações e a mulher”, conta Bráulio Tavares, que também é músico e parceiro de Lenine.
LENINE.DOC
No dia seguinte, Lenine volta ao Marco Zero para o primeiro dos dois shows que faz na programação recifense. “Como falei, o Carnaval me dá esta abertura de cantar composições dos meus discos e eventualmente fazer alguma que não é do meu repertório”, diz o cantor, que se apresenta acompanhado dos músicos que tocam com ele há anos: Jr. Tostói (guitarra), Pantico Rocha (bateria) e Guilla (baixo), mais dois africanos, Blick Bassy (de Camarões), e Tcheka (de Cabo Verde). “São dois amigos, pessoas com quem tenho um já longo relacionamento criativo, produzi os dois. O bacana de trazê-los ao Recife é possibilitar que o pernambucano entre em contato com a música contemporânea da África, que tem semelhanças com o que se faz hoje no Brasil”, diz Lenine.
Blick Bassy tem uma grande afinidade com a MPB, uma de suas maiores influências. Ele está em turnê de divulgação do álbum Hongo calling, gravado quase todo no Rio. O CD tem participações de Lenine, Arthur Maia e Marco Suzano, e aproxima o samba do assiko, um dos ritmos da música popular de Camarões. Por sua vez, o cantor, compositor e guitarrista Tcheka contou com Lenine em parte da produção do seu novo disco, intitulado Longi. Lenine igualmente continua a turnê do Lenine.doc, o CD com músicas que fez para diversas trilhas. “Meu show não será de Carnaval, vou cantar as músicas do meu último álbum, com algumas de Labiata e sucessos dos CDs anteriores. De Lenine.doc, uma das mais conhecidas do seu repertório, ao menos na capital pernambucana, é Minha cidade – Menina dos olhos do mar, canção composta, em parceria com Lula Queiroga, para um comercial institucional, que virou um hit local. De Labiata, ele canta É o que me interessa, Martelo bigorna, Samba e leveza e Lá vem a cidade.
O show será reapresentado no domingo, no Alto zé do Pinho, encerrando a participação de Lenine no Carnaval de 2011.
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