quinta-feira, 10 de março de 2011

Harry Potter é para crianças, os tempos mudaram…

Crepúsculo

As coisas mudam. Os políticos trocam, as músicas trocam, as roupas trocam, mas algumas coisas serão sempre as mesmas. Em uma época infanto-juvenil foi legal para uma geração crescer sob a luz de J.K. Rowling e a passagem mágica da infância para a pré-adolescência. Agora chega uma nova fase com uma nova franquia da adolescência para a fase adulta. Apesar de não ter lido o livro – o que fará dessa crítica muito mais pobre e talvez parcial por demais – tive uma doce e favorável impressão de que surge uma nova fase de filmes que vai engolir a franquia Harry Potter por inteiro. As comparações são inevitáves, mas ambos são sigulares nas suas formas. A obra de Stephenie Meyer é a primeira parte de uma série de livros que já tem promissoramente sua continuação aprovada na sua semana de estréia nos States, tamanho o sucesso.

A ubber nhui Kristen Stewart como Isabella Swan

Em Crépúsculo somos apresentados a Bella Swan, uma adolescente reclusa que se muda para Forks, uma cidade no interior de Washington. Lá ela tenta miseravelmente se integrar ao seu segundo ano do High School quando conhece Edward Cullen. Edward é também muito solitário, de aparência e hábitos peculiares e só anda junto a sua família, os Cullen. Não é até um dia em que Bella descobre a verdadeira natureza Edward enquanto ele salva a vida “empurrando” um carro, que eles realmente se descobrem e passam a se envolver romaticamente. No que Bella entende que Edward é na verdade um vampiro com mais de 100 anos de idade, o seu envolvimento começa a ter consequências nefastas para ambos que teram de enfrentar em seus dois mundos as dificuldades para se manterem juntos.

Rola uma química de cara

Pode falar: “ooouuuunnn”. Realmente, é um filme com romance de mais e sobrenatural de menos, mas exatamente por isso foge da forçação de barra paranormal de sempre e dá um toque mais realístico a história. A diretora Catherine Hardwicke fez um trabalho primoroso em vários sentidos, desde a ambientação até a escolha das músicas. Tudo ficou poeticamente mais perfeito do que o possível para uma história tão simples de romance adolescente. Kristen Stewart é minha tetéia do coração. Esse jeitinho dela meio tom boy é ao mesmo tempo estranho mas singularmente atraente. Mesmo com seus recentes problemas com drogas, tá tudo nos conformes no filme. A surpresa da vez ficou por conta de Robert Pattinson que evoluiu incrivelmente desde seu pequeno papel como Cédrico em Harry Potter. Ele passa a todo momento o que está sentindo mesmo com olhares e gestos sutis. Um show de atuação realmente. Surpreendente de várias formas. Os outros atores menos conhecidos deram um background legal para a série, tanto a família Cullen quanto o bandidão James interpretado por Cam Gigandet. A novatíssima Ashley Greene é minha nova favorita e com certeza vai figurar bem alto no meu ranking pessoal de gostosas. Extra “nhui” (by Judão).

Irmãos Cullen

O que dizer do filme como um todo? Romance clássico adolescente. Impedimento amoroso. Sofrimento dos personagens pelo impedimento. Universo High School. Mas tudo fica meio diluído pelo contexto sobrenatural. Bella e Edward são contradições ambulantes. Ela uma reclusa que quer se aproximar e ele um “predador” que quer salvar uma possível presa. Os personagens em si são todos cativantes, do pai de Bella aos Cullen. Aliás, a família vamírica mais simpática já vista nas telonas em muito tempo. Dá vontade de fazer parte mesmo. Quanto as poucas cenas de ação foram no mínimo vibrantes. Tanto o jogo de baseball em meio aos trovões quanto as batalhas finais foram apoteóticas mesmo sem os grandes efeitos e computadores de Hollywood. Aliás, ficou surpreendente como um filme tão mítico e sobrenatural teve tão pouca computação gráfica.

Quem leu os livros falou que vários momentos retratados apenas com olhares e passagens rápidas só são melhor compreendidos por quem leu. Como não li, vou me abster de críticas a respeito da adaptação. Até agora não ouvi grandes reclamações, mas é cedo para dizer.

Cenas de ação são poucas mas emocionantes

Crepúsculo já é sucesso de público e crítica mundialmente. Tanto que sua continuação baseada no segundo livro, Lua Nova, já está engatilhada. A diretora original foi chutada na estréia do filme, por ter tido problemas – lê-se faniquitos de estrelismo – com a produção e o diretor Chris Weitz de A Bússola de Ouro já foi contratado para dirigir. Esta tem tudo para ser a próxima grande franquia a competir com Harry Potter, tanto que o filme do Bruxinho foi adiado para o próximo verão para não bater de frente com o novo romance adolescente. Acompanhemos de perto, mas no momento eu só posso recomendar COM FORÇA que vão aos cinemas assistir Crepúsculo já! Eu vou estar procurando ler os livros o mais rápido possível nessas férias para não perder nada.

De mundos diferentes mas eternos apaixonados... oooouuunnn.


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