‘Espírito de porco’ pode gerar energia, e lucros
Projetos brasileiros de biogás serão apresentados no México em novembro
Chamar alguém de espírito de porco é considerado uma ofensa, mas, às vezes, é só questão de perspectiva. Por exemplo, dois ‘vilões’ do meio ambiente, a agropecuária e o esgoto urbano, ainda são desafios para a construção de uma economia e de políticas públicas sustentáveis. Ambos produzem dejetos que contaminam lençóis freáticos e mananciais, com expressivo impacto ambiental caso sejam descartados de forma incorreta. Mas e se eles fossem utilizados para outro fim? E se fossem capazes de gerar renda?
Uma alternativa foi encontrada e consiste em transformar tais poluentes em energia limpa, a partir do biogás produzido por eles. O projeto é tocado pela Itaipu Binacional, que possui conhecimento técnico no assunto, e deve ser apresentado em novembro como parte do pacote de medidas do Brasil na próxima Conferência Mundial do Clima, a ser realizada pela Organização das Nações Unidas no México.
Pérolas aos porcos
Um dos exemplos a ser levado ao México é de um dos maiores biodigestores do país, a Unidade Industrial de Aves da Cooperativa Lar, em Matelândia (PR), que tem uma economia de energia que flutua entre R$ 250 mil e R$ 300 mil por ano.
Outro exemplo que deve ser apresentado na conferência, em novembro, é o da Granja Colombari, também no Paraná. Ali, os dejetos de 5 mil suínos se transformam em até 35 mil quilowatts-hora/mês. É energia de sobra, tanto que a granja vende o excedente à concessionária de energia do Paraná, Copel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário