domingo, 30 de maio de 2010

Estelionatários fazem 62 vítimas por dia no Rio; conheça os golpes

A cada dia, 62 pessoas são enganadas por estelionatários no Rio de Janeiro. Ou seja, a média é de uma vítima a cada 23 minutos e alguns segundos. Considerados os três primeiros meses de 2010, o número de registros do crime conhecido como 171 em todo o estado chegou a 5.593, aumento de 222 casos na comparação com o mesmo período do ano passado. Dividida em 27 áreas correspondentes aos batalhões da PM, a Região Metropolitana teve aumento em 18 regiões e redução em apenas nove.

Entre as delegacias, a que mais recebeu vítimas de 171 foi a 1ª DP (Praça Mauá), com 374 casos no trimestre. "Estamos no centro financeiro, onde há muitas instituições e a circulação de pessoas é enorme, assim como a de dinheiro, atraindo os golpistas", disse um investigador.

Lugares com características semelhantes registraram altos índices, como Duque de Caxias, Barra da Tijuca, Campo Grande e Copacabana. "O estelionatário é pessoa sedutora, que fala bem. Muitas vezes, tem boa aparência e está bem vestido, perfil muito diferente do bandido convencional, que costuma estar mal vestido, ser agressivo e agir com violência", afirmou um policial.

Para não cair na lábia do 171, algumas dicas são importantes: registrar ocorrência em delegacia caso tenha documentos e cartões perdidos ou roubados; desconfiar e evitar a compra de produtos com preço muito abaixo do valor de mercado; nunca acreditar em bilhete premiado; não fornecer dados a terceiros nem deixar pertences com estranhos.

Conheça alguns golpes
Cartão clonado: através de equipamentos conhecidos como chupa-cabras, instalados em terminais de cartões ou de caixas eletrônicos, os criminosos gravam os dados do cliente, inserem em outros cartões falsos e fazem compras.

Documento falso: com documentos perdidos, roubados ou falsificados, os bandidos fazem cartões de redes do varejo e vão às compras.

Empréstimo consignado: de posse dos documentos de uma pessoa, os golpistas fazem empréstimos bancários com desconto em folha de pagamento. Nesse caso, as vítimas são funcionários públicos, aposentados e pensionistas.

Golpe do emprego: trata-se de empresas que prometem vagas no mercado de trabalho. O interessado, geralmente desempregado, acredita na oferta, paga taxa de serviço, mas não consegue o trabalho.

Os Ferreiros: grupo que atua na Rua Uruguaiana, Centro. Oferecem celulares novos pela metade do preço. Alegam ter vendedores 'amigos', pegam o dinheiro do interessado, entram na loja e fogem pelos fundos. Pelo menos oito já foram presos pela 1ª DP e 15 estão com mandado de prisão.

Bilhete premiado: estelionatários falsificam bilhete de loteria, abordam a vítima e alegam serem analfabetos, estarem sem documentos e oferecem o bilhete por 10% do valor do prêmio. Na negociação, exigem sinal e fogem quando a vítima vai sacar o falso prêmio.

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