domingo, 30 de maio de 2010

Mulher de empresário morto no Rio será chamada para depor

Depois de 15 dias internada no Hospital Badim, na Tijuca, onde chegou a estar em coma, Carla Milena Ezequiel de Araújo recebeu alta na manhã deste sábado. Ela é a companheira do empresário Elias Nascimento, encontrado morto ao seu lado no apartamento do casal no Leblon. Carla foi socorrida ainda agonizando. Ela será chamada para depor na 14ª DP (Leblon), que investiga o caso. A suspeita é de que Elias tenha sido envenenado.

A polícia já sabe que o vazamento de gás no banheiro não foi o motivo da morte de Elias. Segundo a perícia, a quantidade do produto que escapava do aquecedor não seria suficiente para matar alguém. A possibilidade de Elias ter morrido por inalar o gás surgiu a partir de lesões encontradas no cérebro de Carla que tinha características provocadas pelo produto.

A certeza de que o defeito no aquecedor não foi o motivo da morte do empresário reforçou, segundo os investigadores, a hipótese de que Elias tenha sido envenenado. Mas o mistério da morte do empresário poderá chegar ao fim esta semana quando os laudos deverão ficar prontos.

Foram realizadas três perícias no apartamento da vítima. No dia do crime havia alimentos na mesinha de cabeceira do casal que foram apreendidos. Na segundo exame no local, os agentes apreenderam ainda remédios e as fitas de vídeo do circuito interno do prédio no dia da morte de Elias. Todo o material está sendo analisado pela polícia.

Os investigadores aguardam ainda pelo prontuário da paciente. O hospital onde Carla ficou decretou segredo de Justiça e até agora não repassou o documento para a 14ª DP. O delegado titular Fernando Veloso disse que terá que pedir o documento na Justiça. Ontem, porém, a assessoria de imprensa do hospital informou que a unidade vai colaborar com as investigações revelando o prontuário de Carla, mas não disse quando.

Elias era dono de fazendas e concessionárias de carros importados. A fortuna dele está estimada em R$ 200 milhões. O empresário e Carla viviam há dois anos no apartamento do Leblon onde ele foi achado morto pela empregada.

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