segunda-feira, 5 de abril de 2010

rota,um pouco mais sobre eles!

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Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque - "Tobias de Aguiar" - e uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Constitui-se numa força tática da Polícia Militar, que visa possibilitar flexibilidade e capacidade de reação com o uso do policiamento motorizado. Utilizada na necessidade do controle de distúrbios civis através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.

A história do Batalhão

Com o advento da República o então Corpo Policial Permanente foi, em 1º de dezembro de 1891, dividido em quatro Corpos, passando a denominar-se Força Pública, momento em que o Batalhão foi batizado 1º Corpo Militar de Polícia, cuja missão era manter a tranqüilidade, auxiliar a justiça e defender as Instituições Republicanas. Após diversas denominações, passou a ostentar seu nome atual em 15 de dezembro de 1975.

Desde sua criação, o Batalhão teve seu efetivo presente em conflitos marcantes na história do Brasil, podendo ser citados:

* Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;
* Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;
* Guerra de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;
* Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;
* Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;
* Revolução de 1964, quando participou da derrubada do então Presidente da República João Goulart, dando início ao regime militar com o General Castelo Branco;
* Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca.

O Quartel

O Batalhão Tobias de Aguiar, criado em 1º de dezembro de 1891, foi o terceiro Quartel construído no então Corpo Policial Permanente. Projeto de autoria do notável arquiteto Ramos de Azevedo e inspirado na arquitetura militar francesa, de estilo surgido na Europa, na primeira metade do Século XIX, com o nome de “Estilo Pós-Napoleônico”. Teve como modelo um Quartel da Legião Estrangeira Francesa no Marrocos. Em seu subsolo há uma rede de túneis que faziam ligações com os quartéis vizinhos e com a estação ferroviária. O material para sua construção veio de diversas partes do mundo: telhas da França, tijolos da Itália e pinho de Riga, na Letônia. Atualmente, o prédio é patrimônio histórico e está tombado pelo CONDEPHAAT. Além do túnel, há a chaminé, situada do lado externo, próximo ao prédio, que serviu de referencial, durante a Revolução de 1924, contando hoje com marcas de disparos de canhões em quatro pontos.

Brasão do 1º BPChq "Tobias de Aguiar"
Brasão do Batalhão Tobias de Aguiar

Criação: Decreto Nº 20986 de 1º de Dezembro de 1951. Escudo: Bicudo, em estilo francês esquartelado. Seu Significado:

1º Campo - Superior Esquerdo: Em goles (vermelho), que simboliza a audácia, grandeza e espírito de luta, cinco asas de águia em santor que é o símbolo da rapidez nas expedições militares, em ouro que simboliza o esplendor, a soberania e a constância.

2º Campo - Superior Direito: Em ouro com duas faixas diminuídas que simboliza o cinto do cavaleiro, abaixo destas, três flores-de-lis de goles (vermelho), na parte inferior, um escudo em fundo branco que é a simbologia da pureza e do ideal, uma águia em sable (negro) e a direita outras três faixas em sinople (verde) que é a simbologia da vitória, honra e civilidade.

3º Campo - Inferior Esquerdo: Em ouro, cinco merletas em santor que simboliza a indicação dos inimigos vencidos em batalhas, em sable (negro) que é a simbologia da simplicidade, sabedoria, ciências e honestidade.

4º Campo - Inferior Direito: Em ouro, uma águia de goles (vermelho) e membrana de negro, que é a simbologia do poder, da vitória e da prosperidade, o que identifica o apelido dos AGUIARES e do 1º Batalhão de Choque "TOBIAS DE AGUIAR".
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Advento do formato atual

O então chamado Primeiro Batalhão Policial Militar “Tobias De Aguiar” adquiriu o formato atual, pautado na mobilidade e eficácia, a partir de 1970 quando, no contexto da ditadura, participou da operação de desmantelamento de um centro de treinamento de guerrilha da VPR atuante no Vale do Ribeira. Apesar de bem-sucedida, os remanescentes do grupo conseguiram escapar, entre eles Carlos Lamarca e Carlos Marighella continuam a militância na capital de São Paulo e na Grande São Paulo; promoveram ataques a quartéis, assassinatos e sequestros de políticos e militares financiados por roubos a banco (chamadas desapropriações). O grupo era acusado de terrorismo pelo regime militar. O Batalhão é reformulado visando o combate à guerrilha urbana. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento; os policiais recebem a boina negra como marca característica. Sob o comando do Ten.-Cel. Salvador D’Aquino o grupo passa a ter o papel de ronda bancária, patrulhamento urbano e tropa de choque para agir onde a polícia comum não tinha condições de fazê-lo. Em 15 de outubro de 1970, passa a denominar-se Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – ROTA.

pelo o site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rondas_Ostensivas_Tobias_de_Aguiar

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